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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

O Orçamento do Estado vai continuar na agenda, com o ponto alto a ser atingido na sexta-feira, quando o mnistro das Finanças vai à Comissão do Orçamento explicar a estratégia para 2019.
  • Cristina Bernardo
12 Novembro 2018, 07h15

Orçamento em foco

O debate e a votação final só vão acontecer perto do final do mês, mas entretanto a proposta do Orçamento do Estado para 2019 faz o percurso pelas etapas previstas na lei e esta semana tem várias datas de interesse.  Já esta segunda-feira, a discussão na especialidade continua com as audições de dois pesos pesados da equipa de António Costa. O Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, será ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa às 10 horas, e às 16 horas será a vez do Ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva.

No dia seguinte a Comissão vai ouvir o Ministro da Defesa, João Cravinho (10 horas) e a Ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques (às 16 horas). Na quarta-feira, a agenda inclui a audição do Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes e da Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. O ponto alto do processo acontece na sexta-feira, com a audição de Mário Centeno, Ministro das Finanças.

No entanto, e numa altura em que Rui Rio, presidente do PSD, está a acusar o Governo de estar a mentir sobre o défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), referindo que na realidade é 0,5% , o Conselho de Finanças Públicas vai publicar a Análise ao OE para 2019. A publicação da análise estava prevista para 7 de novembro, mas a instituição liderada por Teodora Cardoso explicou que foi adiada uma semana devido a atrasos na prestação de informação pelo Ministério das Finanças.

Emissão para reembolsar o FMI

O Tesouro vai na próxima quarta-feira ao mercado para angariar até 1.250 milhões de euros financiamento que irá ser direcionado para um reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo anunciou esta sexta-feira, em comunicado. O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública adiantou que vai realizar no próximo dia 14 de novembro pelas 10:30 horas dois leilões de Obrigações do Tesouro com maturidade em 25 de outubro de 2023 e 17 de outubro de 2028, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

Sobre a nova colocação que irá acontecer a próxima semana, a agência liderada por Cristina Casalinho acrescentou que “com este leilão, o IGCP tenciona pagar antecipadamente parte do empréstimo do FMI”.

No mês passado, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix tinha anunciado, em entrevista ao Jornal Económico, que o Governo pretendia pagar mais dois mil milhões ao FMI ainda este ano.

O último leilão de OT a 10 anos aconteceu a 10 de outubro, quando o IGCP colocou 782 milhões de euros, com uma taxa de juro em 1,939%, o que representou um agravamento nos custos de financiamento do país para máximos de oito meses. A procura superou a oferta em 2,78 vezes. No caso da dívida a cinco anos, a última emissão comparável é de 12 de setembro, sendo que o Tesouro colocou 328 milhões de euros com uma taxa de juro de 0,647%. Na altura, a procura foi 3,76 vezes superior à oferta.

PIB em semana plena de dados

O calendário de divulgação de dados económicos está bastante preenchido esta semana. A nível interno, o Instituto Nacional de Estatística apresenta na terça-feira o publica Índice de Preços no Consumidor relativo a outubro e no dia seguinte a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais no terceiro trimestre de 2018. Também na quarta-feira, o Eurostat divulga o PIB da zona euro entre julho e setembro. Segundo Stefan Rondorf, Senior Investment Strategist, Global Economics & Strategy, da Allianz Global Investors, o destaque irá para o PIB da Alemanha. “Isto poderá far uma indicação sobre o impacto teve a diminuição da produção no setor automóvel teve no crescimento económico na Alemanha e na zona euro e sobre a força de uma potencial retomas nos próximos meses”.

 

 

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