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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

Na semana em que a Moody’s tem agendada uma avaliação à dívida soberana portuguesa, o IGCP emite até 1.750 milhões de euros em dívida a seis e doze meses. No plano internacional, a assinatura do acordo parcial entre os EUA e a China centra atenções, mas Wall Street estará também atento aos resultados da banca norte-americana.
  • Cristina Bernardo
13 Janeiro 2020, 08h00

Guerra Comercial: Estados Unidos e China assinam acordo da ‘fase um’

Os mercados deverão reagir durante toda a semana à nova fase das relações sino-americanas. O vice-primeiro ministro da China, Liu He, estará em Washington entre esta segunda e quarta-feira para assinar o acordo de ‘fase um’ entre as duas maiores economias mundiais. O acordo parcial de 86 páginas, anunciado em dezembro, é um primeiro passo para pôr fim à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, mas os detalhes ainda não são conhecidos.

Banca em destaque em Wall Street 

Os maiores bancos norte-americanos divulgam ao longo da semana os resultados relativos ao último trimestre de 2019, com os analistas e investidores expectantes se o rally das cotações transita para o novo ano. O JP Morgan dá o tiro de partida na terça-feira, com os analistas a apontarem para um aumento de 12% do lucro líquido face ao trimestre homólogo. Ainda na terça-feira também o Wells Fargo deverá anunciar os seus resultados, seguindo-se o Bank of America e o Goldman Sachs na quarta-feira. Na quinta-feira será a vez do Morgan Stanley.

Tesouro vai emitir até 1.750 milhões de euros em dívida a curto-prazo

O IGCP – Agência de Gestão da Dívida Pública vai emitir esta quarta-feira até 1.750 milhões de euros em dívida a seis e doze meses. Este é o primeiro leilão duplo de Bilhetes do Tesouro deste ano, depois de ter arrancado 2020 com a já tradicional venda sindicada, na qual emitiu quatro mil milhões de euros com uma taxa de 0,499%. Segundo o programa de financiamento, a entidade presidida por Cristina Casalinho prevê angariar 1,3 mil milhões de euros através de dívida a curto prazo. No primeiro trimestre, o IGCP prevê angariar até 4.500 milhões de euros na emissão de dívida a curto prazo, tendo um outro leilão duplo previsto para 19 de fevereiro e outro para 18 de março.

Moody’s avalia rating de Portugal

A dívida soberana portuguesa estará em destaque até ao final desta semana, já que na sexta-feira tem lugar a primeira avaliação do ano por uma das principais agências de notação financeira, a Moody’s. A agência pronuncia-se sobre Portugal depois de na última avaliação em agosto ter mantido a notação da dívida soberana portuguesa em ‘Baa3’, mas subido a perspetiva de ‘estável’ para ‘positiva’, citando a queda contínua e mais celére do que esperado do peso da dívida pública e a possibilidade de mais melhorias na saúde do setor bancário do país. A agência salientou ainda que a queda do fardo da dívida pública deverá continuar, com “prováveis descidas materiais nos próximos três a quatro anos”, para abaixo de 110% do Produto Interno Bruto em 2022.

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