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Tranquilidade na corrida à compra da seguradora do Novo Banco

Novo Banco está em negociações com os cinco candidatos para a entrega de propostas vinculativas. E já fez provisões de 135 milhões de euros.
5 Novembro 2017, 15h00

A companhia de seguros Tranquilidade, do grupo Apollo, é uma das cinco concorrentes à compra da GNB Vida, seguradora do Novo Banco, apurou o Jornal Económico, junto de fontes conhecedoras do processo.

O prazo para a entrega das propostas non-binding (não vinculativas) terminou na primeira semana de outubro.

O Jornal Económico sabe que a companhia de seguros liderada por Gustavo Guimarães (chairman) e por Jan Adriaan de Pooter (CEO) está fortemente empenhada nesta aquisição, pois a GNB Vida é a última seguradora disponível com acesso a uma rede bancária de referência, exactamente o Novo Banco.

O processo de venda foi precedido de um acordo comercial entre a seguradora – antiga BES Vida – e o Novo Banco, o antigo BES.

“O Novo Banco iniciou formalmente o processo de contactos para a venda da sua seguradora GNB Vida assegurando a realização de um contrato de distribuição de longo prazo em exclusividade”, disse há alguns meses à agência Reuters a instituição financeira.

Na corrida está ainda um grupo holandês, o Nationale-Nederlanden.

O processo de contactos com possíveis compradores foi assessorado pela consultora Deloitte.

O Novo Banco está agora em negociações diretas com os cinco candidatos com vista à entrega de propostas vinculativas.

Em abril, na apresentação de contas do banco, que entretanto foi vendido ao fundo Lone Star, António Ramalho explicou que foi a pensar no negócio da venda da Tranquilidade que o banco fez uma provisão extraordinária de 135 milhões. Isto é, a venda deverá representar uma menos-valia para o banco, que já registou uma provisão de 135 milhões para reconhecer a desvalorização deste activo.

“Já temos um processo organizado de venda em curso”, depois da contratação de uma instituição financeira para assessorar a alienação da GNB Vida, revelou na altura António Ramalho. “O processo está no início e espero que seja realizado em 2017”, dizia o banqueiro em abril.

O presidente executivo do banco esclareceu que o objectivo é “permitir que este valor apareça no preço” a pagar pelo futuro comprador da GNB – Companhia de Seguros Vida.

Fora do perímetro da venda está a GNB – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

A venda desta seguradora está em cima da mesa desde 2015, poucos meses depois da constituição da instituição financeira que resultou da resolução do BES.

A seguradora tem activos avaliados em mais de 5 mil milhões de euros. Segundo uma notícia anterior da Reuters, a GNB Seguros Vida terminou o ano de 2016 na nona posição no mercado do Ramo Vida em Portugal com uma quota de mercado de prémios de 2,3%, versus a quarta posição e uma quota de 5,4% em 2015. A GNB Seguros Vida teve um prejuízo de 85,5 milhões de euros em 2016.

 

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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