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Transdev perde 90% das receitas e entra em ‘lay-off’

A adesão ao ‘lay-off’ simplificado, que será desencadeada esta quarta-feira, abrange os cerca de 2 mil colaboradores do grupo francês de empresas de transporte de passageiros.
31 Março 2020, 20h46

A empresa de transporte rodoviário de passageiros Transdev anunciou esta terça-feira, em comunicado, que vai entrar em processo de ‘lay off’. “

“As restrições decretadas à mobilidade, no âmbito do combate ao surto de Covid-19 provocaram a quase total redução da atividade da Transdev, que se traduziu numa quebra de receitas da ordem dos 90%”, revela o referido comunicado do grupo francês.

De acordo com esse documento, “num contexto em que a paralisação da atividade se antevê ainda longa, a Transdev informa (…)”, que, “a partir de 1 de abril, a Transdev entrará no sistema de ‘lay-off’ simplificado nas condições previstas pelo Governo para este período excecional”.

“A adesão ao ‘lay-off’ simplificado abrange os cerca de 2 mil colaboradores do grupo de empresas da Transdev”, assegura o referido comunicado, acrescentando que “manteremos os serviços mínimos de mobilidade, que serão assegurados pelo número de colaboradores necessários por região, mantendo em vigor todas as medidas ditadas pela AMT [Autoridaxde Mwtropolitana de Transportes] e pela DGS [Direção-Geral de Saúde] no sentido de proteger clientes e colaboradores”.

A nota do grupo transportador reconhece que “esta decisão não é a mais favorável à manutenção e recuperação da economia do país”, mas reforça que “temos desenvolvido todos os esforços junto do Governo e das autoridades de transportes no sentido de encontrar medidas alternativas à situação de ‘lay-off’, que possibilitem um olhar mais positivo para o futuro”

“Nesse sentido, a Transdev continua a considerar que a medida mais relevante e imediata é o pagamento dos nove milhões de euros que o Estado tem em dívida para com a empresa, de forma a assegurar a tesouraria e permitir o pagamento de salários”, insistem os responsáveis da Transdev.

A empresa solicita ainda que, “como medida de curto prazo”, “(…) todos os operadores do país tenham as mesmas condições estabelecidas para os que operam nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto”.

“Ou seja, garantir a receita recebida pela prestação de serviços de transporte público, com efeitos a 16 de março de 2020, tendo por base os valores do período homologo do ano anterior atualizado pela TAT – Taxa de Aumento Tarifário”, explica o referido comunicado

A Transdev volta também a propor “a suspensão imediata de todos os processos de contratualização que estejam em curso, assim como o não lançamento de quaisquer procedimentos tendentes à contratualização das obrigações de serviço público”.

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