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Transformação e dividendos, as dores necessárias dos CTT

Um tombo de 8,11% nas ações esta quinta-feira foi prova do sabor amargo que os resultados continuam a oferecer aos investidores. Mais custos e menos dividendos são a receita para transformar o negócio, mas os desafios permanecem exigentes.
22 Fevereiro 2019, 11h30

“Claro que os desafios existem, mas há várias alavancas nas quais estamos a trabalhar e a gerir”, referiu Francisco Lacerda, CEO dos CTT-Correios de Portugal, esta quinta-feira na teleconferência com os analistas, no rescaldo da divulgação dos resultados de 2018. A frase demonstra o difícil percurso que a empresa tem de percorrer. Em pé de guerra com o regulador ANACOM por causa dos indicadores de qualidade e sob os holofotes políticos com propostas de três partidos da esquerda para uma nacionalização, a administração dos CTT tenta mostrar que os efeitos secundários provocados pela receita do plano de transformação operacional são males necessários.

No entanto, os remédios são por vezes difíceis de digerir para os investidores. Esta quinta-feira as ações dos CTT tombaram 8,11% para 2,878 euros cada, o valor mais baixo desde junho do ano passado. No dia anterior, a empresa tinha divulgado desempenhos anuais homólogos estáveis em termos de receitas e EBITDA recorrentes. Mas abaixo dessas rubricas, o lucro líquido desceu 28%para 19,6 milhões de euros, castigado pelos custos com rescisões de colaboradores no âmbito do plano de transformação. “O quadro geral para a empresa permanece muito desafiante, pois opera num ambiente sujeito a vários riscos, nomeadamente os volumes do Correio e a evolução dos Serviços Financeiros”, sublinhou Artur Amaro, analista do Caixa Banco de Investimento, numa nota de research.

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