A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciou hoje que o seu tratamento por anticorpos para prevenir a Covid-19 não atingiu o seu objetivo principal em pessoas recentemente expostas ao vírus.
A empresa revelou que os participantes do estudo eram adultos não vacinados, maiores de 18 anos, com exposição confirmada nos últimos oito dias. O tratamento da Astrazeneca utilizava anticorpos monoclonais que pertencem a uma classe de drogas que imita os anticorpos naturais que o corpo produz para combater a infeção.
O AZD7442 reduziu o risco de desenvolvimento da Covid-19 em 33% dos pacientes em comparação com um placebo, que não foi estatisticamente significativo. “Embora este estudo não tenha atingido o desfecho pretendido, sentimo-nos encorajados pela proteção observada nos participantes após o tratamento com AZD7442”, explicou Mene Pangalos, vice-presidente executivo da AstraZeneca, em comunicado.
As concorrentes Regeneron Pharmaceuticals e Eli Lilly & Co também desenvolveram terapias de anticorpos monoclonais que foram autorizadas para uso nos Estados Unidos para tratar pacientes infetados com o vírus. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou a terapia da Regeneron e está a avaliar medicamentos semelhantes da Eli Lilly, Celltrion e um desenvolvido pela GlaxoSmithKline e Vir Biotechnology Inc.
O AZD7442 foi desenvolvido com o apoio do governo dos EUA. A AstraZeneca anunciou em março um acordo com o governo dos EUA para fornecer até meio milhão de doses de AZD7442. A empresa apontou, esta terça-feira, que está em negociações com o governo americano sobre as próximas etapas
A AstraZeneca também está a estudar um tratamento para um ensaio clínico com pacientes pré-expostos e para a prevenção de doenças mais graves.
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