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Tratamentos de radioterapia no IPO de Lisboa em risco por falta de profissionais (com áudio)

A falta de tratamentos afeta os doentes oncológicos do IPO mas também os que são enviados pelos Centro Hospitalar de Lisboa Central e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental com o intuito de terem melhores cuidados no instituto especializado no tratamento das doenças oncológicas, revela a “TSF”.
  • IPO Lisboa
26 Julho 2021, 09h27

Os tratamento de radioterapia no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa estão em risco devido à falta de profissionais de saúde especializados para manusear os aparelhos necessários para estes tratamentos, avança a “TSF” esta segunda-feira.

A publicação adianta que em junho, o IPO de Lisboa perdeu 50 profissionais de saúde. No entanto, o hospital adiantou à “TSF” que o Governo autorizou a contratação de 20 médicos, tendo o Ministério da Saúde comprometendo-se com 36 enfermeiros, 26 assistentes operacionais, quatro físicos médicos e 12 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica apesar das Finanças ainda não terem autorizado estas contratações.

De acordo com a “TSF”, são três dos sete acelerados lineares que correm o risco de ficar suspensos devido à falta de físicos médicos, colocando vários tratamentos de radioterapia em pausa. Ainda assim, a publicação adianta que a falta de tratamentos afeta os doentes oncológicos do IPO mas também dos que são enviados pelos Centro Hospitalar de Lisboa Central e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

Com a saída dos profissionais de saúde perante o fim do estado de emergência, o IPO pediu a contratação de nove físicos médicos, um processo que teria um custo anual de 205 mil euros. Também a falta de recursos humanos afeta a abertura de uma nova ala do Bloco Operatório do IPO de Lisboa. Apesar das salas estarem prontas, são necessários 25 enfermeiros e 15 assistentes operacionais para as equipas estarem prontas a operacionalizar.

No ano passado o IPO de Lisboa tratou 2.713 doentes no serviço de radioterapia, mas a “TSF” adianta que 1.260 utentes tiveram de ser enviados para o sector privado, um movimento que custou 2,5 milhões de euros. Todos os ano, o IPO de Lisboa acompanha e trata 57 mil doentes com cancro, aos quais se acrescentam novos 14 mil utentes anuais.

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