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Três empresas portuguesas podem receber 17,5 milhões de euros para ajudar a moldar o futuro

Para além do apoio financeiro, as empresas em fase de arranque e as PME terão acesso a acompanhamento de orientação e a serviços de constituição de redes e de aceleração empresarial para as ajudar a desenvolver o seu negócio.
5 Dezembro 2019, 16h36

É a primeira vez que este “financiamento misto” vai ser oferecido e permite um nível de financiamento muito mais elevado, até 17,5 milhões de euros por empresa, para acelerar o crescimento das empresas europeias com inovações revolucionárias. Entre as 75 empresas selecionadas estão três portuguesas, a Ophiomics, Addvolt e a Smartex.

As empresas em fase de arranque e as pequenas e médias Empresas (PME) selecionadas para apoio do projeto-piloto da Comissão Europeia da Inovação (CEI) cobrem 15 Estados-Membros e cinco países associados, com a França e Israel a terem o maior número de projetos de financiamento misto, seis cada, e a Suíça e a Alemanha o maior número de projetos apenas com subvenções nove e seis, respetivamente.

Para além do apoio financeiro, as empresas em fase de arranque e as PME terão acesso a acompanhamento de orientação e a serviços de constituição de redes e de aceleração empresarial para as ajudar a desenvolver o seu negócio. O novo fundo do CEI atuará com a diligência necessária para efetuar os investimentos em capitais próprios no início de 2020. Este fundo trará co-investimentos e investimentos subsequentes por investidores privados e outros.

“Fico satisfeita por saber que esta primeira oferta mista de subvenções combinadas com financiamento de capitais próprios teve uma procura tão elevada por parte das empresas em fase de arranque e das PME europeias. Isto confirma que o Conselho Europeu de Inovação está a colmatar uma lacuna de financiamento”, afirma Mariya Gabriel, comissária europeia da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude.

Empresas portuguesas selecionadas

Ophiomics, de Lisboa, uma empresa biotecnológica que desenvolveu uma ferramenta de antecipação (HepatoPredict) baseada na assinatura molecular e em parâmetros clínicos, que vem substituir, com melhores resultados, os critérios atualmente usados para a seleção dos doentes que vão receber um transplante de fígado. Conseguir-se-á evitar transplantes mal sucedidos e obter assim uma mais elevada taxa de êxito e de vidas salvas. A Ophiomics vai receber uma subvenção de mais de 756 mil euros e um investimento em capital próprio de três milhões de euros;

AddVolt, do Porto, uma empresa tecnológica em fase de arranque, que desenvolveu um sistema elétrico de aproveitamento de energia de travagem para camiões frigoríficos, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis na refrigeração (poupanças de 87 a 100%), assim como o nível de ruído e as emissões de CO2. Vai receber uma subvenção de 1,68 milhões de euros;

Smartex, de Braga, que desenvolveu uma aplicação informática baseada na inteligência artificial para inspecionar, de modo automático, os defeitos de fabrico na indústria têxtil, visando uma redução de 5% para 0%. Vai receber uma subvenção ligeiramente superior a um milhão de euros e um investimento em capital próprio de 1,37 milhões de euros;

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