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Três fogos causaram mais de metade da área ardida em Portugal

Os fogos da Sertã e de Pedrógão são dos maiores registados nos últimos 11 anos, diz Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Incêndios têm vindo a aumentar de dimensão.
  • Miguel Vidal/Reuters
1 Setembro 2017, 08h15

O fogo da Sertã, que começou no dia 23 de julho, o de Pedrógão Grande e o de Góis, (17 de julho) destruíram 84 047 hectares, o que corresponde a 51,1% dos 164 249 de floresta que arderam entre 1 de janeiro a 15 de agosto, escreve esta manhã o Jornal de Notícias. Estes três fogos são então responsáveis por mais de metade da área ardida em Portugal.

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os fogos da Sertã e de Pedrógão são dos maiores registados nos últimos 11 anos e, há uma tendência para as ocorrências serem cada vez maiores e mais destrutivas (acima dos 100 hectares).

Até 15 de agosto foram registados 82 grandes situações, um número dez vezes superior há 10 anos (oito fogos).

Para Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil, a diferença dos incêndios dos anos anteriores com atualmente está no comportamento das chamas: “Os fogos estão mais gravosos e progridem a uma velocidade maior”. A explicação para este fenómeno é o clima, diz Domingos Xavier, investigador, ao JN. “É uma tendência comum a outros países da Europa, onde os recordes de áreas ardidas também têm sido batidos, resultado das mudanças climáticas.” O investigador recorda ainda que o clima tem vindo a tornar-se mais severo, com períodos de seca e ondas de calor, o que “favorece a ocorrência de incêndios”.

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