O anúncio feito pela multinacional Mondeléz International de que iria fechar uma fábrica de chocolate na Nova Zelândia levantou uma onda de solidariedade para com as centenas de pessoas que a empresa emprega na cidade. Em apenas dois dias, a luta pela permanência da fábrica, que é um dos principais motores da economia da região, arrecadou cerca de 3,3 milhões de dólares neozelandeses (2,2 milhões de euros) e mostrou ser um doce sucesso.
“Estava preocupado que a campanha se tornasse um fiasco total e que ninguém se comprometeria”, conta o conselheiro municipal de Dunedin, Jim O’Malley, ao jornal britânico ‘The Gardian’. “Mas as pessoas têm enviado contribuições em toda Nova Zelândia e no mundo”.
Foi o próprio que, preocupado com as centenas de famílias afetadas com o encerramento da fábrica de chocolate, sugeriu a criação de uma campanha de financiamento coletivo para impedir o fim da produção de chocolate e manter a tradição na cidade.
“Eu acho que a produção de chocolate em Dunedin é vista como parte da nossa identidade nacional”, explica Jim O’Malley.
Mais de 70% dos produtos fabricados na pequena cidade do sudeste da Nova Zelândia, foram exportados para outros países, especialmente para a vizinha Austrália. A empresa, a operar em Dunedin há quase 80 anos, emprega mais de 350 trabalhadores e fabrica chocolates para marcas como Oreo, Milka e Chips Ahoy.
Depois do sucesso das primeiras 48 horas de campanha, a previsão de Jim O’Malley é que sejam conseguidos 20 milhões de dólares neozelandeses (13 milhões de euros) nas próximas duas semanas. O montante conseguido será depois empregue na compra de novas máquinas para agilizar a produção e expandir o negócio, apostando em novos produtos e novas contratações.
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