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Tribunal dá razão a Ana Gomes em processo movido por Isabel dos Santos

Ana Gomes escreveu nas redes sociais que Isabel dos Santos se endivida muito “porque, ao liquidar as dívidas, ‘lava-se que se farta’”. Empresária avançou para tribunal a exigir cinco mil euros por cada dia em que a publicação continuasse online.
17 Janeiro 2020, 12h32

A justiça rejeitou a providência cautelar apresentada por Isabel dos Santos contra Ana Gomes. A decisão do tribunal foi hoje anunciada pela antiga eurodeputada.

“Assim sendo, face caso concreto, direito à liberdade expressão e informação da requerida deverá prevalecer sobre os direitos de personalidade (reputação e bom nome) da requerente, indeferindo-se por isso a providência requerida”, segundo a decisão do tribunal, citada por Ana Gomes nas redes sociais.

No início de outubro do ano passado, Ana Gomes disse que a empresária Isabel dos Santos se endivida muito “porque, ao liquidar as dívidas, ‘lava-se que se farta”, escrevendo no Twitter que “que jeito dá à PEPíssima [Pessoa Politicamente Exposta] acionista Isabel dos Santos o Banco EuroBic!“. A antiga eurodeputada revelou agora ao JE que foi na sequência destas declarações que o Banco de Portugal (BdP) desencadeou uma inspecção “relâmpago”, no final de outubro, ao banco português, detido em 42,5% pela empresária angolana que “acabou por determinar uma inspecção mais aprofundada”, no mês seguinte, por suspeitas de branqueamento de capitais.

EuroBic avançou para tribunal contra Ana Gomes

Face à acusação feita pela ex-deputada  de o EuroBic, onde Isabel dos Santos é acionista através da Santoro, será a máquina de lavar o dinheiro, o presidente do banco, Fernando Teixeira dos Santos,  reagiu, na altura, sinalizando que Ana Gomes “ou prova o que afirma ou será acusada de difamação“, tendo acabado por avançar para tribunal contra esta responsável.

Em dezembro do ano passado, a antiga eurodeputada socialista voltou a reafirmar no Tribunal de Sintra, onde está a ser julgada por acusações a Isabel dos Santos, que a empresária angolana usa a banca portuguesa para “branquear” fundos de Angola, lembrando que

pediu às instâncias judiciárias e financeiras europeias e portuguesas para investigarem os negócios e a origem do dinheiro investido por Isabel dos Santos, tanto através do banco português, como em outras empresas sediadas em paraísos fiscais ou na zona franca da Madeira.

 

 

 

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