Um tribunal mexicano autorizou a posse, transporte e uso de cocaína a dois cidadãos. Ainda que não possam vender a substância, esta decisão sem precedentes demonstra a vontade do governo mexicano em mudar o rumo da “guerra às drogas” que o país atravessa há várias décadas, segundo a BBC.
De acordo com a “Mexico United Against Crime” (MUAC) a autoridade nacional de saúde, COFEPRIS, tem um papel fundamental a desempenhar na “guerra das drogas”, e pede que decisões como esta sejam aprovadas no futuro próximo.
A decisão que ainda aguarda aprovação de um tribunal superior, só será validada após um painel de juízes avaliarem o contexto e a legalidade da decisão.
Um oficial da COFEPRIS disse à agência “France-Press” que já tomaram medidas para bloquear a decisão judicial, argumentando que tal decisão “representa uma ilegalidade e não pode ser autorizada”.
O México enfrenta problemas graves relacionados com os vários cartéis de droga presentes no país. Parte da solução poderá ser a legalização de algumas substâncias ilícitas, algo que as organizações criminosas encaram como uma ameaça ao seu monopólio, e que devido à sua influência junto das autoridades policiais poderá ser difícil de alcançar.
O presidente mexicano, Andrés Obrador, assumido político de esquerda, desde que tomou posse em dezembro de 2018, prometeu “mudanças radicais” na abordagem do país às drogas e aos seus intervenientes.
Entre algumas medidas apresentadas por Obrador está a descriminalização de várias substâncias, e em alternativa ao aprisionamento dos consumidores, seria oferecida a possibilidade de frequentarem programas de reabilitação.
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