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Trufa branca: ritual repete-se em Lisboa até dia sete com o ‘chef’ Tanka Sapkota

O ‘chef’ de origem nepalesa Tanka Sapkota, especializado em gastronomia italiana, já há doze anos que proporciona um menu de trufa branca de Alba, no Piemonte, norte de Itália, no restaurante ‘Come Prima’, em plena Lisboa.
29 Novembro 2019, 18h00

Está de volta a Lisboa um ritual que se devia ser obrigatório nas tradições da gastronomia do país e da capital, à volta de um dos produtos mais caros do mundo, a trufa branca.

O ‘chef’ de origem nepalesa Tanka Sapkota, especializado em gastronomia italiana, já há doze anos que proporciona um menu de trufa branca de Alba, no Piemonte, norte de Itália, no restaurante ‘Come Prima’, em plena Lisboa.

Este ano, a saborosa história repete-se até ao dia 7 de dezembro, aos jantares, sob reserva no referido restaurante.

Recorde-se que em novembro de 2018, Tanka Sapkota foi distinguido com o título de ‘Cavaleiro das Trufas Brancas e dos vinhos de Alba’ pela Ordem dos Cavaleiros do Tartufo de Alba, sendo o único em Portugal a ter recebido essa honraria por parte da confraria eno-gastronómica existente desde 1967.

“Todos os anos vou a Alba, onde fiz amigos e onde tenho um caçador de trufas que me consegue arranjar as trufas mais frescas”, partilha o ‘chef’ Tanka Sapkota.

O repasto começou com um espumante nacional, Murganheira, monocasta, Touriga Nacional, de 2009, a acompanhar uma ‘fonduta fontina’. Tão boa, inesperada e inesquecível que vale a pena irem à procura do que é.

Depois, seguiu-se mais “uma receita muito tradicional” piemontesa, como nos confessou o ‘chef’. Estamos a falar de ovos biológicos cozidos a baixa temperatura (‘uova biológiche cotto 64º’), enriquecidos com a dita trufa branca, finamente raspara a preceito por Tanka Sapkota.

A seguir, entrámos em mais uma receita típica do Piemonte, um ‘tajarin com burro’, ou seja, uma massa feita no restaurante, à base de sêmola de trigo, queijo ‘parmeggiani’ e manteiga, aqui, no ‘Come Prima’ especialmente, manteiga açoreana, encimada pela maravilhosa trufa branca.

A acompanhar, um inexcedível Quinta dos Carvalhais, Sogrape, Reserva 2016, a abrilhantar o historial dos vinhos do Dão.

Se o podemos dizer desta forma, o segundo ‘primo piatto’ foi de lombinho, melhor dito, um ‘escalopine al burro’. Traduzindo, escalopes de vitela, muito jovem, fritos em manteiga, em diálogo perfeito com um ‘tajarin’ (talharim, uma massa artesanal, de perfil estreito). E, claro, mais trufa branca de Alba.

Para sobremesa, uma ‘zabayone’ com açafrão e baunilha, que nos fez reter todo o mundo de sabores incomparáveis da trufa branca.

Para este menu de trufa branca do restaurante ‘Come Prima’, só disponível até ao dia 7 de dezembro, só ao jantar, sob reserva obrigatória, todos os pratos são servidos em doses individuais, sem partilha.

Prepare-se, porque os preços por cada prato, oscilam entre os 42 e os 50 euros, sem bebidas.

 

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