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Trump admite avançar com novas sanções à Rússia. UE está preocupada

O novo pacote legislativo acordado entre os líderes congressistas democratas e republicanos está a deixar Donald Trump sem margem para manobra. Bruxelas considera que com a implementação das sanções ao Kremlin pode comprometer interesses europeus.
  • Kevin Lamarque/REUTERS
24 Julho 2017, 12h29

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou este domingo estar a ponderar aprovar o diploma do Congresso que estabelece novas sanções económicas contra a Rússia, pela ingerência nas eleições norte-americanas de 8 de novembro e por violações dos direitos humanos na Síria. A União Europeia já se levantou contra a medida, dizendo que esta põe em causa os interesses comunitários e pode vir a ser considerada inválida em território europeu.

O novo pacote legislativo acordado entre os líderes congressistas democratas e republicanos está a deixar Donald Trump sem margem para manobra. O presidente norte-americano tem duas opções: aprovar o documento e avançar com novas sanções económicas a Moscovo, depois de ter dado a entender durante a sua campanha presidencial que queria retirar ou suavizar as sanções à Rússia, ou ir contra o Congresso e vetar o diploma.

Anthony Scaramucci, o novo porta-voz de Donald Trump, nota que o presidente “vai tomar essa decisão muito em breve”. Perante as recentes polémicas que envolvem a Administração Trump e as conversas pré-eleições com a Rússia, a primeira opção parece ser a que triunfará.

Face a isso, de Bruxelas chega o alerta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que quer uma revisão urgente das sanções que o Congresso quer aplicar, tendo em conta que estas foram tomadas sem que os interesses europeus fossem tidos em conta. Jean-Claude Juncker considera que com a implementação das sanções ao Kremlin pode comprometer algumas empresas europeias do setor da energia, envolvidas em negócios com os russos.

Em comunicado, a que o jornal britânico ‘Financial Times’ teve acesso, Bruxelas diz estar “preparada para agir em dias, caso os Estados Unidos decidam avançar com a medida sem ter em conta as intenções europeias”. Uma das medidas pode passar pela invalidação das sanções decretadas pelos Estados Unidos dentro do espaço europeu.

O documento vai a votos no Senado esta terça-feira. Entre outras medidas contempla também novas sanções ao Irão e à Coreia do Norte.

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