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Trump propõe não conceder residência aos que não podem sustentar-se

O regulamento, que de acordo com o governo afetará cerca de 382 mil pessoas por ano, é o mais recente de uma série de medidas enérgicas do presidente dos Estados Unidos para parar a imigração.
  • Reuters
24 Setembro 2018, 07h20

O governo de Donald Trump propôs este fim-de-semana um novo regulamento para que os imigrantes que legalmente recebam benefícios públicos, como vale-alimentação e auxílio-moradia, não tenham residência permanente, a não ser que deem mostras de poderem pagar o seu sustento económico.

A medida pode forçar milhões de imigrantes pobres que dependem de assistência pública para alimentação e habitação a fazer uma escolha difícil entre aceitar ajuda financeira ou obter residência permanente, conhecida como ‘Green Card’ para viver e trabalhar legalmente nos Estados Unidos.

A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, disse em comunicado que a medida está de acordo com a lei atual. “De acordo com a lei federal de longa data, aqueles que buscam imigrar para os Estados Unidos devem demonstrar que podem sustentar-se economicamente”, disse. “O Departamento assume a responsabilidade de ser transparente nos seus regulamentos”, acrescentou.

De acordo com Nielsen, este regulamento implementará uma lei aprovada pelo Congresso com “a intenção de promover a autossuficiência dos imigrantes e proteger recursos limitados”, assegurando que “eles não se tornem um fardo para os contribuintes norte-americanos”.

Imigrantes mais velhos, muitos dos quais obtêm medicamentos de baixo custo através de programas subsidiados, também podem ser forçados a desistir dessas ajudas, dado que mantê-las não lhes permitiria obter o estatuto de residente legal. O regulamento, que de acordo com a administração afetará cerca de 382 mil pessoas por ano, é o mais recente de uma série de medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dos seus conselheiros de linha dura sobre imigração legal e ilegal.

Embora a medida não tenha a intenção de afetar os imigrantes que já receberam residência permanente, os defensores dos direitos dos migrantes temem que eles parem de usar os benefícios públicos para proteger o seu estatuto imigratório.

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