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Trump sobre os altos índices de aprovação de Fauci: “Ninguém gosta de mim”

Donald Trump acredita que a sua personalidade poderá ser o motivo para ter baixos índices de aprovação, em relação ao vírus, em comparação com os de Anthony Fauci que tem sido uma das vozes mais credíveis na Casa Branca sobre a pandemia do novo coronavírus.
29 Julho 2020, 14h41

O presidente Donald Trump queixou-se na terça-feira dos altos índices de aprovação do médico Anthony Fauci e brincou que “ninguém gosta de mim”, segundo noticiou a Reuters.

“Ele [Anthony Fauci] está a trabalhar com a nossa administração e, na maioria das vezes, fizemos o que ele e outros, como o Dr. Birx e outros, que são ótimos, recomendaram. E ele tem este alto índice de aprovação. Então, porque não tenho um alto índice de aprovação em relação ao vírus? Deveríamos ter um índice de aprovação muito alto ”, disse Trump.

Donald Trump, que luta para melhorar a sua posição com os eleitores, acrescentou ainda que “só pode ser da minha personalidade”. O presidente americano tem recebido críticas pela forma como tem lidado com a pandemia, colocando-o em risco de perder a eleição presidencial de 3 de novembro para o democrata Joe Biden.

O assunto surgiu numa entrevista coletiva onde Donald Trump defendeu, novamente, o seu apoio à hidroxicloroquina, como forma de proteção contra a Covid-19. O presidente dos EUA garantiu que a droga funcionava na fase inicial da doença, embora a maioria dos especialistas em saúde pública assegure que a hidroxicloroquina não deve ser usada para tratar o coronavírus, pois pode levar a problemas cardíacos.

Por outro lado, Anthony Fauci, especialista em doenças infeciosas, tem sido considerado uma referência e uma das pessoas mais confiáveis ​​do executivo de Trump, uma vez que muitos americanos ouvem os seus conselhos sobre como se proteger do vírus.

A tensão entre Donald Trump e Anthony Fauci tem feito correr muita tinta nos jornais, sendo que os dois têm visões diferentes sobre a hidroxicloroquina. A 16 de julho, Fauci assegurou, ao jornal The Atlantic, que as opiniões do presidente americano sobre o medicamento apenas o prejudicavam. “Quando a equipa divulga algo assim e toda a comunidade científica e de imprensa contraria, isso acaba por prejudicar o presidente”, apontou.

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