O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai encontrar-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, no dia 16 de julho, na capital finlandesa de Helsínquia. O encontro acontece um dia depois da final do Campeonato do Mundo de Futebol e, por enquanto, ainda os tópicos em cima da mesa ainda não estejam fechados.
Donald Trump, e a sua administração, terão um mês de julho preenchido que poderá trazer novas configurações às relações internacionais. Esta é a primeira cimeira bilateral entre os dois países, depois de dois breves encontros, à margem do G20 em 2017.
O acordo para se realizar a cimeira foi obtido depois de John Bolton, conselheiro para a segurança nacional norte-americana, se ter deslocado a Moscovo na passada quarta-feira. Segundo o “Finantial Times”, Bolton procurou baixar as expectativas em torno da cimeira, referindo apenas que “o facto de eles [Trump e Putin] se reunirem já é um progresso”. Também o presidente dos EUA reafirmou esta semana que encetar relações profícuas com a Rússia e a China “será bom para todos”.
Embora os tópicos em cima da mesa ainda não estejam fechados, o Kremlin anunciou que se vão discutir a guerra na Síria e a questão na Ucrânia.
A cimeira ocorre num período de tensão entre os dois países. Em abril de 2018 a administração de Trump aplicou duras sanções a Moscovo, acusando o regime de Putin de ter adoptado posturas que desafiam a estabilidade das relações diplomáticas depois das intervenções russas na Síria e na Ucrânia.
Este encontro pode gerar algum mau-estar entre os parceiros externos dos norte-americanos, uma vez que Londres tem tentado isolar Putin diplomaticamente, desde que o antigo espião russo Sergei Skripal foi envenenado no Reino Unido. Os opositores internos de Trump pode contestar o encontro depois da alegada intromissão do Governo russo nas campanhas presidenciais de 2016 e que ainda estão a ser investigadas pelo procurador especial e ex-diretor do FBI.
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