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Trump viu rendimentos da venda de imóveis caírem a pique em 2020

O presidente que abandonou esta quarta-feira a Casa Branca acabou por ser penalizado com a pandemia, que desvalorizou o seu património e complicou a venda de propriedades, como a sua empresa havia feito nos três anos anteriores.
21 Janeiro 2021, 11h29

Uma das principais fontes de rendimento de Donald Trump, a venda de propriedades, parece ter sido quase inexistente em 2020, segundo a Forbes. Apesar de ter visto a sua empresa continuar a alienar vários imóveis durante os primeiros três anos da sua presidência, o quarto verificou um decréscimo substancial destas operações.

Depois de ter amealhado 32 milhões de dólares (26,4 milhões de euros) em 2017 e 2019 e outros 53 milhões de dólares (43,7 milhões de euros) em 2018, Trump viu uns meros 435 mil dólares (358,4 mil euros) de receitas em 2020, alcançados com a venda de três unidades em Las Vegas pela Trump Organization.

Assim, a Forbes aponta que o antigo presidente vai ter algumas preocupações de liquidez no regresso à vida de um cidadão normal. Estimava-se que, ao final de 2019, o património de Trump atingisse os 3,1 mil milhões de dólares (2,55 mil milhões de euros), dos quais apenas 160 milhões eram em dinheiro vivo. Atualmente, o valor estimado do seu património deverá ter caído para 2,1 mil milhões de dólares (1,73 mil milhões de euros), pelo que a sua liquidez também deverá ter deteriorado.

Este resultado, no entanto, poderia ter sido diferente, já que a empresa do magnata nova-iorquino tentou vender várias propriedades no ano passado. Uma em particular, o hotel que detém em Washington, D.C., esteve listado por 500 milhões de dólares (411,9 milhões de euros), tendo a melhor proposta sido de 175 milhões (144,2 milhões de euros), oferta essa recusada. Em maio, depois da chegada da pandemia, o valor de mercado do ativo tinha caído para metade.

A Forbes antecipa, no entanto, um período pós-Casa Branca altamente lucrativo para Trump, à semelhança do que sucedeu com presidentes passados. Em particular, o 45º presidente poderá aliar à venda de imóveis, que deverá recuperar este ano com várias propriedades listadas, mas também através da venda de livros ou dos cachês de palestras e conferências.

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