Investigadores do Instituto Politécnico de Leiria, Universidade de Lisboa e Associação Portuguesa para o Estudo e Conservação de Elasmobrânquios recolheram e analisaram a última década de descargas de tubarões e raias em Portugal, concluindo que o tubarão anequim poderá desaparecer dos nossos mares.
Portugal é a par de Marrocos e Espanha um dos maiores pescadores de tubarão anequim, que é das espécies analisadas a que sofreu a diminuição mais drástica em lota, em Portugal. “Caso a pesca desta espécie não seja reduzida a zero já no próximo ano, não recuperará”, afirmam os especialistas.
O tubarão anequim é uma das espécies mais procuradas em Portugal, pela sua carne, atingindo em lota valores semelhantes aos do espadarte. Contudo, e à semelhança de outras nações que pescam esta espécie, o nosso país continua sem impor quaisquer quotas ou tamanhos mínimos de captura.
“O que recomendamos é, a par de cientistas associados à International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT), a proibição total e imediata de capturas de anequins no Atlântico Norte”, explica Luís Alves, investigador no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria.
Segundo este organismo internacional, a população de anequins do Atlântico Norte terá cerca de 50% de hipóteses de apresentar sinais de recuperação em 2040, caso as capturas sejam reduzidas para zero, já a partir de 2018.
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