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Turismo de Portugal dá três milhões de euros à Ryanair para promover novas rotas na Madeira

A Ryanair vai investir 177 milhões de euros para instalar uma base aérea na Madeira. Estão previstas duas aeronaves, 60 novos postos de trabalho diretos, mais de 40 voos semanais a sair da região autónoma, e dez novas rotas.
29 Novembro 2021, 13h32

O Turismo de Portugal vai disponibilizar até três milhões de euros à Ryanair para ajudar a desenvolver uma campanha de marketing que visa a promoção das novas rotas associadas à criação da base aérea da companhia aérea na região autónoma, de acordo com portaria publicada esta segunda-feira, em Diário da República.

A companhia aérea vai receber cerca de 755 mil euros anuais para desenvolver essa campanha de marketing, entre 2023 e 2026.

Os encargos “são assegurados por receitas próprias a inscrever no orçamento do Turismo de Portugal”, refere a portaria do Diário da República.

A portaria publicada em Diário da República salienta que no último trimestre de 2021 o país atravessa uma fase de “retoma da economia e do turismo”, acrescentando que a instalação da base aérea na Madeira, por parte da Ryanair, “favorecerá o melhoramento da conectividade de destinos europeus à região da Madeira, e desta forma impulsionará a economia regional e, consequentemente, com melhoria nos resultados nacionais”.

O investimento na base aérea será de 177 milhões de euros. Estão previstas duas aeronaves, 60 novos postos de trabalho diretos, mais de 40 voos semanais a sair da região autónoma, e dez novas rotas.

Das dez novas rotas cinco serão exclusivas, para o próximo verão, adianta a companhia aérea.

As novas rotas para o verão serão: Bruxelas Charleroi; Dublin; Lisboa; Londres Stansted; Manchester; Marselha; Milão Bergamo; Nuremberga; Paris Beauvais; Porto.

A portaria do Diário da República refere que este apoio é para uma campanha de marketing conjunta, desenvolvida pela companhia aérea Ryanair, que anunciou a instalação de uma base aérea na região autónoma, que “terá associada a abertura de oito novas rotas internacionais para a Madeira”.

É ainda dito na portaria que o projeto está alinhado com o referencial Estratégia do Turismo 2027, que tem entre os seus eixos prioritários a captação e reforço de rotas aéreas.

A portaria sublinha que o turismo é uma atividade económica “fundamental” para a geração de riqueza e emprego em Portugal, e chama a atenção para os efeitos provocados pela pandemia mas também para o crescimento do setor que se tem assistido nos últimos anos.

“De 2010 até 2019, Portugal registou uma taxa de crescimento médio anual de 7,2% nas dormidas o que se traduz num aumento de 37 milhões de dormidas em 2010 para 70 milhões de dormidas em 2019, o maior valor de que há registo. Observou-se igualmente nas receitas turísticas uma taxa média de variação anual de 10,3 %, até 2019, o que permitiu que de 7,6 mil milhões de receitas em 2010 o aumento fosse para 18,4 mil milhões em 2019”, refere a portaria.

A portaria aborda os efeitos causados pela pandemia da Covid-19, que levou a uma “quebra acentuada na procura, para 25,9 milhões de dormidas (-63,0%) no alojamento turístico face a 2019”, o que se traduziu num “retrocesso a valores de dormidas observados em 1994”, e um decréscimo no turismo mundial de 74% nas chegadas internacionais, em 2020, sustentando-se em dados da Organização Mundial do Turismo (OMT).

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