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Turismo. Pedidos de reembolso fazem disparar número de reclamações em 342% de junho a setembro

Segundo as estimativas apresentadas pelo Portal da Queixa registou-se um total de 2.457 queixas na categoria Hotéis, Viagens e Turismo numa altura em que a pandemia afeta o principal motor económico em Portugal.
1 Outubro 2020, 16h29

O número de reclamações dos consumidores dirigidas ao setor do turismo disparou 342% nos principais quatro meses de férias (junho a setembro), comparativamente ao mesmo período do ano passado, sendo que o principal motivo de queixa foi o pedido de reembolso que registou um total de 1.167 queixas, (em 2019, esse valor situava-se nas 264 queixas). Trata-se de um aumento de 342%.

Segundo as estimativas apresentadas pelo Portal da Queixa, esta quinta-feira, registou-se um total de 2.457 queixas na categoria Hotéis, Viagens e Turismo numa altura em que a pandemia afeta o principal motor económico em Portugal.

Quanto aos restantes subcategorias, a plataforma online de reclamações informa que 1.189 reclamações (ou 48%) são dirigidas às agências e sites para reservas de viagens. As marcas eDreams, Rumbo e Logitravel lideram no volume de reclamações recebidas, mas no que se refere ao maior crescimento do número de queixas face a 2019, destaca-se a Rumbo que viu disparar as reclamações em 1433%.

Relativamente ao índice de satisfação, a empresa com melhor performance na interação com o consumidor é a Logitravel (62 em 100).

Quanto às companhias aéreas estas acumularam cerca de 35% ou 888 das reclamações. O Portal da Queixa informa que os principais motivos das reclamações são os pedidos de reembolso (50%) e os atrasos (9%). Entre as três empresas com maior volume de queixas estão a TAP (318), a Ryanair (278) e a Easyjet (111).

No que se refere ao índice de satisfação, as três companhias  mais reclamadas revelam um indicador muito baixo, situado entre os 8 e os 13 (em 100).

Quanto às estadias (clubes de férias, guias e passeios turísticos, hotéis e cadeias hoteleiras, motéis, pousadas e turismo rural e ainda sites de reservas de alojamento), estas acumularam mais de 15% em reclamações. Os principais motivos de reclamação reportados pelos consumidores foram: pedidos de reembolso (38%), burlas (12%) e más condições (8%).

Nesta subcategoria, o topo da tabela pertence ao Booking, com 130 reclamações recebidas entre 1 de junho e 28 de setembro de 2020, um aumento de 59% face a 2019.  Em segundo lugar das entidades mais reclamadas está a Airbnb (35 reclamações), que, por outro lado, segundo o Portal da Queixa, ocupa o primeiro lugar quando analisado o critério índice de satisfação (72.4 em 100).

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