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Turistas já ocupam 34% das habitações do centro histórico de Lisboa

Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa ou Chiado são alguns dos bairros destinadas ao alojamento local, com esta percentagem. Em algumas freguesias o número potencial de turistas já ultrapassa o universo de residentes.
17 Setembro 2018, 08h23

Pelo menos 34% das casas localizadas em bairros como Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa ou Chiado já se encontram destinadas para alojamento local, revela o “Jornal de Negócios”, esta segunda-feira. Os dados baseiam-se no número de habitações destinadas ao arrendamento de curta duração, registadas oficialmente, e no universo de casas apuradas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos Censos de 2011 (e que não deverá ter sofrido grandes alterações).

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, já manifestou a intenção de condicionar o crescimento do alojamento local em alguns bairros e espera pela entrada em vigor da nova lei que abre a possibilidade de se suspender provisoriamente os novos registos e determinar percentagens máximas para as casas destinadas a turistas.

De acordo com o INE, em 2011, existiam 12,8 mil habitantes na freguesia de Santa Maria Maior. Apesar de não existir informação atualizada por freguesias, tem-na para a cidade de Lisboa. Segundo o diário, se se assumir que a população desta freguesia evoluiu como a do município, diminuído 7,6% em 2011 e 2017, este número baixa para 11,8 mil.

O número potencial de turistas residentes, correspondentes ao limite máximo de utentes por alojamento local, ultrapassa largamente o número de moradores. Por cada 100 habitantes em Santa Maria Maior, existirão entre 151 e 162 turistas residentes (de acordo com o indicador usado).

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