Uma das intenções da entrada da Turquia na guerra da Síria era a possibilidade de uma solução para o problema curdo. Ora, tal solução nunca foi possível: as milícias curdas revelaram-se fundamentais no combate da coligação internacional contra o Daesh e tanto os Estados Unidos como os países da União Europeia envolvidos na Síria rapidamente aceitaram ajudar os destemidos guerrilheiros.
A presença dos curdos tinha em vista a possibilidade da criação de um Estado curdo, que a Europa lhes ‘deve’ há quase um século. Dispersos por territórios agora sob a alçada da Síria, Iraque, Irão e Turquia, os curdos são uma das maiores nações do mundo sem um território independente. Estiveram perto: em 1920, o Tratado de Sèvres – que serviu para acabar com o Império Otomano – consagrava a unificação das regiões até aí dispersas sob outras nações.
Artigo publicado na edição semanal de 9 de agosto, de 2019, do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
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