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TVI. Cofina desiste e OPA de Mário Ferreira arranca na quarta-feira

CMVM registou OPA do empresário sobre 70% da dona da TVI. O supervisor de mercado autorizou que a Cofina retirasse a sua oferta.
20 Julho 2021, 17h31

O Conselho de Administração da CMVM registou a oferta pública de aquisição obrigatória da Pluris Investments sobre as ações da Grupo Media Capital.

Este “registo, lançamento e conclusão da Oferta finalizam os procedimentos administrativos emergentes da alteração de controlo verificada na GMC em 2020, por efeito da entrada da Pluris no seu capital”.

“Os acionistas da GMC poderão apenas alienar a sua participação no contexto da Oferta a lançar pela Pluris, com início no dia 21 de julho”, explica a entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias.

Ao mesmo tempo, a CMVM anunciou também que “autorizou que a Cofina retirasse a sua oferta pública de aquisição sobre a GMC na sequência do registo e lançamento da Oferta da Pluris”.

A Pluris de Mário Ferreira já controla 30% da Media Capital e vai lançar agora uma OPA obrigatória sobre quase 70% da empresa.

Esta OPA tem um valor de 0,7395 euros por ação, conforme estabelecido pela CMVM a 2 de março, mais 2% face ao valor da OPA lançada em primeiro pela Cofina.

No seu comunicado, a CMVM explica que “atendendo às circunstâncias do caso concreto, a CMVM optou, ponderados os interesses dos destinatários da Oferta e os potenciais impactos na sociedade visada da autorização administrativa pendente e outros processos da mesma autoridade, por aguardar pela decisão da ERC, à data de sentido e conteúdo ainda desconhecidos”.

“No dia 8 de junho de 2021, a ERC concedeu incondicionalmente a autorização para que a Pluris pudesse vir a adquirir o controlo da GMC, já depois de, nos termos estabelecidos por aquela entidade, a Pluris e a Prisa terem “repetido” o negócio que já haviam celebrado há mais de 1 ano (i.e. transmissão de 30,22% da GMC a favor da primeira).

A entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias também informa que “afastada a incerteza conexa com aquela autorização [da ERC], e em momento próximo da data prevista para a concessão do registo da Oferta, tomou conhecimento da emissão de um conjunto de declarações de não aceitação da OPA da Pluris por vários acionistas da GMC: Biz Partners, CIN – Confederação Industrial do Norte, DoCasal Investimentos, Fitas & Essências, Triun e Zenithodissey.

Nesta situação, a CMVM desencadeou um “conjunto de diligências pela CMVM para aferição do âmbito e natureza da relação entre os subscritores de tais declarações, sem que tenham sido recolhidos elementos que permitam sustentar a existência de concertação entre aqueles acionistas (com a Pluris ou somente entre si)”.

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