O Twitter fez pela primeira vez uma verificação factual (fact-check) de várias publicações do presidente norte-americano, onde conta com mais de 80 milhões de seguidores, segundo a Reuters.
A rede social avisou os utilizadores que as críticas de Donald Trump ao voto por correio são falsas, como já tinha sido comprovado por fact-checks anteriores.
O presidente norte-americano tem feito passar a sua propaganda política nos últimos anos nesta rede social sem estar sujeito a qualquer tipo de filtro.
Em resposta, Donald Trump acusou, no Twitter, a rede social de um ataque à liberdade de expressão e de interferir nas eleições presidenciais deste ano.
Pela sua parte, o Twitter disse que atuou devido à sua nova política de combate à desinformação que entrou em vigor no início deste mês para combater informações falsas devido ao coronavírus.
A rede social já apagou tweets dos presidentes do Brasil e da Venezuela devido às suas publicações contendo informações falsas devido ao novo coronavírus.
Trump acusou que o voto por correspondência, que será adotado por vários estados devido à Covid-19, será “substancialmente fraudulento” e irá resultar numa “eleição aldrabada”. A crítica era dirigida ao governador da Califórnia, que será um dos estados a optar por este tipo de voto.
Nessas publicações, o Twitter colocou um ponto de exclamação azul a alertar os utilizadores para se informarem sobre os factos acerca do voto por correspondência, direcionando-os para uma página com informação compilada pela equipa do Twitter.
No topo da página, o Twitter alerta: “Trump fez afirmações não provadas sobre o voto por correspondência”, com mais informação sobre os factos sobre o voto por correspondência.
O presidente norte-americano publicou o mesmo texto na sua página oficial do Facebook, que apesar de ter como política remover conteúdo falso sobre a votação eleitoral, não removeu e não fez nenhum alerta sobre a publicação.
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