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UE “muito provavelmente” não deve renovar contrato com AstraZeneca e Johnson & Johnson

“A decisão não foi tomada até hoje, mas posso dizer que não iniciamos discussões com AstraZeneca e Johnson & Johnson para outro contrato”, admitiu a secretária de Estado do Turismo de França.
  • Reuters/DADO RUVIC
16 Abril 2021, 14h29

A União Europeia (UE) “muito provavelmente” não renovará os contratos das vacinas Covid-19 com a AstraZeneca e Johnson & Johnson (J&J), pois prioriza outros tipos de vacinas, de acordo uma governante francesa citada pela agência “Bloomberg”.

Quem adiantou esta possibilidade foi a secretária de Estado do Turismo de França, Agnès Pannier-Runacher. “A decisão não foi tomada até hoje, mas posso dizer que não iniciamos discussões com AstraZeneca e Johnson & Johnson para outro contrato, enquanto já iniciamos discussões sobre contratos com BioNTech, Pfizer e Moderna”, referiu.

A vacina da Pfizer utiliza a tecnologia mRNA e a Comissão Europeia garantiu que vai se concentrar nessa tecnologia no seu planeamento. Na quarta-feira, Ursula von der Leyen, disse que a UE planeia focar-se em tecnologias que “provaram seu valor”. Por outro lado, as vacinas da J&J e da AstraZeneca usam um adenovírus para construir imunidade.

Os comentários surgem depois do anúncio da Comissão Europeia nesta semana de que está em negociações com a Pfizer e a BioNTech para obter até 1,8 mil milhões de doses adicionais de vacina até 2023.

A Pfizer tem vindo a acelerar as entregas de vacinas ao bloco neste trimestre, o que agradou a Von der Leyen que classificou a empresa como sendo uma “parceira confiável” e “cumpridora dos seus compromissos”. Um contraste com as dificuldades entre a UE e a AstraZeneca depois de a farmacêutica ter reduzido as metas para a entrega das vacinas, conforme relata a mesma fonte noticiosa.

Por sua vez, a administração da J&J foi suspensa na UE enquanto as autoridades de saúde examinam uma possível ligação entre coágulos sanguíneos raros e a vacina. Já a utilização da AstraZeneca foi limitada em muitos países do bloco por motivos semelhantes e a vacina continua a ser observada pela agência europeia do medicamento.

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