A União Europeia (UE) vai apresentar contra-medidas se a administração Trump decidir impôr tarifas aduaneiras às importações de automóveis e componentes da Europa. Quem o disse foi a comissária europeia para o Comércio, Cecilia Malmstrom, ao jornal alemão “Die Zeit” esta quarta-feira, noticia a Agência Reuters.
“Vamos ripostar e podemos rapidamente elaborar uma lista de contra-medidas em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio”, disse a comissária, que está em Washington onde vai encetar conversações com Robert Lighthizer, representante oficial da administração Trump para o Comércio, sobre a harmonização de regras para as relações comerciais entre os Estados Unidos e UE.
[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/comercio-ue-eua/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”770″ slug=”comercio-ue-eua” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/comercio-ue-eua/thumbnail?version=1541595808374&locale=pt-PT&publisher=www.jornaleconomico.pt” mce-placeholder=”1″]
As declarações de Malmstrom surgem como uma demonstração de força numa altura em que a imprensa internacional revela que, nas últimas horas, altos conselheiros e oficiais norte-americanos tenham conseguido convencer a administração Trump a adiar a decisão em impôr de tarifas aduaneiras às importações de automóveis e componentes produzidos na UE, “pelo menos nas próximas semanas”, noticia o “Financial Times” (FT) . Segundo aquela publicação, alguns”oficiais de topo mostraram ceticismo em relação a esta decisão”.
A administração norte-americana começou a estudar a hipótese de colocar aquelas tarifas por razões de segurança nacional. Em 2017, os EUA importaram 8.27 milhões de automóveis e camiões ligeiros que representaram 191.7 mil milhões de dólares. Depois do novo acordo de comércio livre entre os EUA, o Canadá e o México – os dois países de onde os Estados Unidos fazem mais importações de automóveis – o USMCA (da sigla inglesa, Acordo entre os Estados Unidos-México-Canadá), as atenções para eventuais tarifas às importações do setor automóvel viraram-se para o Japão, a Alemanha, o Reino Unido e a Itália.
O FT explica ainda que assim que departamento de comércio norte-americano publicar o relatório que se pronuncie no sentido de as importações de automóveis e componentes da UE coloquem em risco a segurança nacional dos EUA, o presidente, Donald Trump, terá 90 dias para decidir sobre a imposição das tarifas aduaneiras sobre aqueles bens. “No entanto, [Trump] pode decidir implementá-las mais cedo”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com