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Um continente de oportunidades

As economias dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e Timor-Leste vão crescer no próximo ano, mantendo a trajetória ascendente da economia reiniciada depois do solavanco provocado pela pandemia de Covid-19, mesmo que o Fundo Monetário Internacional preveja que Angola ainda viva, este ano, o último período de uma longa recessão.
25 Novembro 2021, 23h09

As economias dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e Timor-Leste vão crescer no próximo ano, mantendo a trajetória ascendente da economia reiniciada depois do solavanco provocado pela pandemia de Covid-19, mesmo que o Fundo Monetário Internacional preveja que Angola ainda viva, este ano, o último período de uma longa recessão.
Para os investidores, este regresso ao crescimento depois do impacto da crise pandémica significa um conjunto ainda maior de oportunidades.

O Banco Mundial tem reafirmado o potencial da África Subsaariana. Os “leões em movimento” – como o McKinsey Global Institute descrevia o potencial de progresso das economias africanas – têm uma população crescente, que chegará aos dois mil milhões de habitantes em duas décadas, com uma força de trabalho de 1,1 mil milhões de pessoas e uma classe média de mais de 500 milhões de consumidores. Já é tão urbanizada quanto a China e tem tantas cidades com mais de um milhão de habitantes quanto a Europa. O ritmo médio de expansão era da ordem dos 5%, na última década até à eclosão da pandemia, e a expectativa das principais instituições internacionais é que se recupere esta linha de evolução.

Estes “leões em movimento” beneficiam, também, de uma mudança de paradigma, porque os governos africanos estão, hoje, mais conscientes da necessidade de captar investimento estrangeiro e da importância que este tem para o crescimento económico, mesmo para os produtores de petróleo, que enfrentam um mercado instável e uma pressão crescente para a limitação do consumo de hidrocarbonetos. Angola, a mais importante economia dos PALOP, é exemplo disso mesmo, tendo mudado a forma como encara o investimento estrangeiro e alterado o papel que espera este desempenhe no desenvolvimento do país. Caberá, depois, aos investidores terem capacidade para agarrarem a oportunidade.

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