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Um morto e 47 feridos em 2 mil manifestações dos “coletes amarelos” em França

Uma manifestante morreu e 47 pessoas ficaram feridas, três em estado grave, em cerca de 2 mil manifestações em França dos “coletes amarelos”, que protestam hoje contra o aumento dos impostos dos combustíveis, disse o ministro do Interior francês.
17 Novembro 2018, 19h05

Uma manifestante morreu e 47 pessoas ficaram feridas, três em estado grave, em cerca de 2 mil manifestações em França dos “coletes amarelos”, que protestam hoje contra o aumento dos impostos dos combustíveis, disse o ministro do Interior francês.

Segundo o novo balanço comunicado pelo ministro do Interior francês, Christophe Castaner, também se registaram 24 detenções relacionadas com estas manifestações, organizadas espontaneamente e que pelas 12:00 locais (11:00 em Lisboa) tinham cerca de 124.000 participantes.

Em relação à vítima mortal, o ministério precisou que era uma manifestante, com cerca de 60 anos, que morreu num acidente em Saboia, sudeste de França, quando foi atropelada por uma condutora que levava a filha ao médico e entrou em pânico, avançando para os manifestantes que tentavam evitar que o veículo prosseguisse a marcha, disse o ministro do Interior francês.

Dos 47 feridos, três estão em estado grave e um é um polícia.

As vias mais afetadas eram no norte do país e também foram bloqueados alguns postos de abastecimento de combustíveis e acessos a peões em autoestradas.

A polícia interveio com gás lacrimogéneo numa concentração na Alta Saboia, sudeste de França.

A maioria dos protestos não foi comunicada às autoridades, tendo assim dificultado o controlo policial.

Muitos dos “coletes amarelos” vivem em zonas urbanas afastadas das grandes aglomerações francesas e asseguram que o carro é o seu único meio de transporte.

Os “coletes amarelos” são um movimento cívico à margem de partidos e sindicatos criado espontaneamente nas redes sociais e alimentado pelo descontentamento da classe média-baixa.

O movimento, que alargou os protestos contra a carga fiscal em geral, é um novo obstáculo para o Executivo de Emmanuel Macron, que decidiu aumentar os impostos dos combustíveis para promover a transição energética.

O Governo decretou um aumento dos impostos dos combustíveis de 7,6 cêntimos por litro para o ‘diesel’ e de 3,9 cêntimos para a gasolina e, a partir de janeiro, serão aplicadas taxas adicionais a estes produtos de 6 e de 3 cêntimos, respetivamente.

Os “coletes amarelos”, nome alusivo aos coletes fluorescentes que é obrigatório ter no interior dos veículos, têm o apoio de 74% da população francesa, segundo uma sondagem publicada na passada sexta-feira.

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