A União Europeia (UE) vai abrir na próxima semana uma investigação ao processo fusão do grupo Hyundai com a construtora naval Daewoo devido a sérias preocupações anti regulação da UE, escreve a “Reuters” esta segunda-feira, 9 de dezembro, citando duas fontes próximas deste negócio.
Recorde-se que em janeiro, a Hyundai havia anunciado um acordo para criar o maior construtor de navios do mundo, com 21% de participação de mercado, em parte como resposta ao excesso de capacidade do setor, num negócio que está avaliado em 1,6 mil milhões de euros.
O projeto para juntar estas as duas empresas exige ainda a aprovação regulatória da Coreia do Sul, Singapura, China, Japão e Cazaquistão, bem como da própria União Europeia, revela um porta-voz da Hyundai à “Reuters”. De acordo com o mesmo porta-voz, até ao momento, apenas o Cazaquistão aprovou o acordo.
“Acreditamos que as autoridades de Singapura estão a adotar uma abordagem cautelosa para tomar uma decisão sobre o acordo entre os dois grandes players do mercado”, afirmou o porta-voz da Hyundai.
A Hyundai foi classificada como a maior construtora de navios do mundo em carteira de pedidos desde o ano passado, com a Daewoo em segundo. As empresas têm uma participação de mercado combinada de 21,2%, seguida pela Imabari do Japão, com 6,6%.
Esta fusão ocorre quando o setor da construção naval mundial recupera de uma desaceleração económica global, que levou a perdas maciças, cortes generalizados de empregos e, em 2017, ao resgate de 2,3 mil milhões da Daewoo.
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