Mais uma semana mais uma tentativa: os 27 países da União Europeia vão reunir-se esta semana ao mais alto nível mas em formato de vídeoconferência para tentarem entender se a estrutura interna da união está tão bloqueada como ficou desde a última reunião. O problema continuam a ser os eurobonds – mas ao longo da semana, muito por ‘culpa’ de António Costa, as posições parece terem-se aproximado: mesmo que não seja por via dos eurobonds, a Holanda, a principal opositora, diz-se preparada para se unir aos restantes países da União Europeia com o fim último de a salvar – e, pelo meio, ajudar os países mais carecidos a fazer frente à pandemia.
A pandemia mostrou uma União Europeia incapaz ao longo de várias semanas de articular uma resposta coordenada e coerente a uma crise que colocou os sistemas de saúde de vários países à beira do colapso e está a levar toda a gente de volta aos braços da recessão (que ainda não estavam frios do abraço anterior, a crise do subprime.
Nos próximos dias, os líderes da União tentarão redirecionar a situação, mas tudo aponta para o facto de que, naquela reunião, previsivelmente na quinta ou sexta-feira, eles se limitarão, no máximo, a tecer uma rede de segurança contra possíveis tensões nos prémio de risco das dívidas públicas mais vulneráveis.
Uma resposta claramente insuficiente para países como Espanha, Itália, França e possivelmente Portugal que exigem uma espécie de Plano Marshall, mas desta vez pago pelos europeus.
“A Europa não pode falhar”, insistiu o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, citado or vários jornais e dando voz, pelo que sucedeu na cimeira anterior, às reivindicações de quase todos. E ele alertou que o clube da comunidade está numa encruzilhada que inevitavelmente mudará o seu futuro, a haver um.
“Estamos num momento decisivo, o que não sabemos é em que direção vamos”, afirmou Sánchez, no mesmo tom de desalento chega de Paris ou Roma, onde Emmanuel Macron ou Giuseppe Conte garantem que a própria existência da União está em jogo.
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