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Única maneira de Carlos Silva ficar na história do sindicalismo é dando um “murro na mesa”, afirma Carlos César

São questões “político-sindicais” e não pessoais as que levaram Carlos Silva a anunciar que deixará a liderança da UGT no próximo congresso da central sindical em Abril de 2021.
  • Cristina Bernardo
22 Janeiro 2020, 17h38

O atual presidente do Partido Socialista fez das palavras de Carlos Silva as suas ao afirmar que a única forma do líder da União Geral de Trabalhadores (UGT) ficar na história do sindicalismo “talvez seja” dando “um murro na mesa”.

As declarações foram feitas durante uma entrevista, esta terça-feira, ao programa da rádio “TSF”, ‘Almoços Grátis’, numa altura em que se discute o afastamento do partido dos sindicatos, uma das razões que terá motivado a saída de Paulo Pedroso do partido.

Questionado sobre este alegado afastamento, o dirigente socialista adianta que “não é verdade que o Governo do PS dê mais atenção às empresas do que aos trabalhadores”.

“As organizações patronais, por exemplo, queixam-se do inverso. O que nós temos consciência é que trabalhadores e empresas dependem uns dos outros e devemos pensar que o sucesso de uns e de outros é algo que deve ser inseparável”, garantiu no programa de rádio.

São questões “político-sindicais” e não pessoais as que levaram Carlos Silva a anunciar que deixará a liderança da UGT no próximo congresso da central sindical em Abril de 2021.  Carlos Silva fez saber, no domingo passado numa entrevista ao Porto Canal, que não será candidato a um terceiro mandato, dizendo sentir-se desiludido com o Governo. “Se me vou embora é porque estou amargurado com o comportamento do PS em relação ao movimento sindical. Eu não tenho quaisquer razões para continuar neste combate. Não atiro a toalha ao chão e cumpro o meu mandato até ao fim, mas não me calo e não me vou embora sem dar um murro na mesa”, afirmou o atual líder da UGT ao jornal “Público”.

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