[weglot_switcher]

Universidade de Coimbra estreita cooperação com Agência Internacional de Energia Atómica

A IAEA tem apenas cinco Centros Colaboradores na área da produção de radioisótopos e tecnologias da radiação. O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde de Coimbra torna-se o sexto, participando agora nas reuniões em que se decidem temas importantes para o mundo.
  • Edifício da Universidade de Coimbra
25 Setembro 2020, 19h36

O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra (UC) tornou-se, esta sexta-feira, Centro Colaborador da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), organismo das Nações Unidas que trata da utilização pacífica das radiações.

A distinção é bastante rara, existindo apenas cinco Centros Colaboradores na área da produção de radioisótopos e tecnologias da radiação em todo o mundo.

O documento que formaliza este estreitar de laços prevê a colaboração formal entre as duas instituições durante quatro anos (renováveis), nos campos da produção e investigação & desenvolvimento de radioisótopos e radiofármacos. Foi formalizado este 25 de setembro, por videoconferência, entre o reitor Amílcar Falcão, o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa e as vice-diretora e chefe do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da agência, Najat Mokhtar, e a Diretora da Divisão de Ciências Físicas e Químicas, Melissa Denecke.

“É um reconhecimento da excelência da investigação feita no ICNAS e vai abrir portas para outras colaborações internacionais, ao colocar o ICNAS nas mesas das reuniões onde se decidem temas importantes para todo o mundo”, afirmou o reitor Amílcar Falcão sobre a nomeação da unidade orgânica da Universidade de Coimbra como Centro Colaborador da IAEA.

O diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, adiantou que esta colaboração tem como missão transferir o saber que é produzido na UC para os países parceiros da agência em todo o mundo.

Coimbra assume o duplo papel de “aconselhamento da agências e comités de peritos e de participação nos programas de formação internacionais”, destaca, por seu turno, o investigador responsável pelo projeto, Francisco Alves.

Por seu turno as responsáveis da IAEA, Najat Mokhtar e Melissa Denecke destacaram o facto da Agência ter, pela primeira vez, um “Centro Colaborador em Portugal” e a importância do “conhecimento especializado” como mais valia nas áreas de produção, investigação e desenvolvimento de radioisótopos e radiofármacos.

Criado em 2009, o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra é um centro de excelência na área da Imagem Médica Avançada e da Investigação Translacional, que se converteu nos últimos anos numa das referências globais na produção de radioisótopos e radiofármacos, realizando também exames inovadores e pioneiros ao nível da PET (Tomografia de Emissão com Positrões) e da Ressonância Magnética – nomeadamente nas áreas da oncologia, cardiologia e neurociências.

Os cinco Centros Colaboradores da Agência Internacional de Energia Atómica na área da produção de radioisótopos e tecnologia de radiação são: os institutos nacionais de ciências e tecnologias nucleares de França (INSTN), Indonésia (BATAN), México (ININ), Polónia (INCT) e EUA (NCEBR).

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.