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Ursula von der Leyen elogia recuperação portuguesa da última crise: “Esse progresso não pode ser prejudicado”

A presidente da Comissão Europeia sublinhou que “Portugal será um grande beneficiário” do plano de recuperação europeu, elogiando o desempenho de Portugal nas iniciativas para a transição das energias limpas, bem como o esforço de recuperação feito após a última crise.
  • Ursula Von Der Leyen
29 Setembro 2020, 11h05

“Por mares nunca antes navegados”. A citação em português de Luís de Camões foi feita pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta terça-feira para assinalar o que considera ser o espírito português, depois de sublinhar que o país tem sido um exemplo na responsabilidade e resiliência na luta contra a pandemia, mas também o foi nas reformas implementadas no passado para sair da crise, acreditando que isso mostra como está preparado para o futuro.

“Penso como os cidadãos de Portugal responderam com humildade, responsabilidade e solidariedade quando a pandemia atingiu a Europa”, afirmou esta terça-feira numa sessão de apresentação sobre o plano de recuperação, que conta com a intervenção do primeiro-ministro, António Costa, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, dando como exemplo a plataforma Host a Hero ou a decisão “histórica” do governo português de conceder direitos temporários de cidadania a migrantes requerentes de asilo para acesso a saúde e segurança social.

A responsável europeia assinalou que o Plano de Recuperação europeu dá a oportunidade não apenas de reparar e recuperar da crise, mas criar “uma forma de vida melhor para todos nós”, sublinhando que “Portugal será um grande beneficiário do Next Generation EU”, uma vez que irá “ajudar a impulsionar a economia que tão bem recuperou da última crise graças ao trabalho árduo e ao sacrifício dos portugueses. Esse progresso não pode ser prejudicado”, disse.

Traçando elogios ao desempenho de Portugal, destacou nomeadamente o empenho de Portugal no combate às alterações climáticas, dando como exemplo as iniciativas para a transição das energias limpas. “Começou a transição limpa em 2005 e mais de metade das necessidades de Portugal são agora satisfeitas por energias renováveis”, disse.

“O Next Generation é uma oportunidade para fortalecer essa liderança e investir em investigação e inovação pelas quais este país é famoso”, vincou.

Reconhecendo que “o período que vivemos é difícil para todos e isso não é diferente para Portugal”, considerou que “as pessoas deste país têm demonstrado têm demonstrado uma enorme responsabilidade e resiliência”, no entanto, “como todos, estão cansados desta luta e querem seguir em frente”.

“Portugal é um país de óptimos exploradores, pioneiros que nunca tiveram medo de se aventurar no desconhecido”, concluiu.

Na segunda-feira, António Costa e Ursula von der Leyen já tinham estado reunidos em São Bento, num jantar de trabalho onde discutiram a resposta à pandemia e a próxima presidência portuguesa. Esta terça-feira à tarde, a presidente do executivo comunitário irá estar ainda presente no Conselho de Estado, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa.

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