Um estudo feito por uma equipa de pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, mostra que os microondas em toda a União Europeia (UE) emitem uma quantidade de dióxido de carbono equivalente às emissões anuais de quase 7 milhões de carros. Por ano, os microondas em toda a UE são responsáveis por 7,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Segundo avança o jornal britânico ‘The Independent’, que teve acesso ao estudo, cozinhar alimentos no microondas não liberta diretamente dióxido de carbono, tal como o escape de um carro, mas o consumo necessário para pôr todos os microondas da UE, que consomem cerca de 9,4 terawatts por hora, equivale à eletricidade anual gerada por três grandes usinas de gás.
“Tendo em conta que os microondas representam a maior percentagem de vendas de todos os tipos de fornos na UE, é cada vez mais importante começar-se a abordar qual o impacto da sua utilização”, consideram os investigadores da Universidade de Manchester.
Os autores do estudo sugerem, por isso, que se aumentem os esforços para reduzir o consumo deste tipo de aparelhos, numa tentativa de melhorar a consciência e o comportamento face à sua utilização. Os investigadores sugerem, por exemplo, que se ajuste convenientemente o tempo de aquecimento dos alimentos tendo em conta o que está a ser cozinhado.
Além disso, o estudo aborda também o impacto destes aparelhos para o meio ambiente quando os consumidores os deitam fora. O estudo mostra que, em 2005, foram largados em toda a UE 184 mil toneladas de resíduos gerados por microondas descartados. Até 2025, os investigadores estimam que o número aumente para as 195.000 toneladas, o que equivale a cerca de 16 milhões de unidades enviadas para destruição.
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