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Vacina da AstraZeneca tem 70% de eficácia média entre dois regimes de toma diferentes

Os resultados dos ensaios clínicos de larga escala agora conhecidos da vacina desenvolvida a meias entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford reportam-se a dois tipos de toma diferentes, com um dos grupos a receber duas doses inteiras e outro a receber meia dose um mês antes da toma inteira.
23 Novembro 2020, 12h37

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca mostrou ter uma média de 70% de eficácia nos ensaios clínicos de terceira fase, reportou a empresa esta segunda-feira.

Estes resultados reportam-se a dois ensaios separados com tomas diferentes. Num dos casos, a vacina foi administrada em duas doses inteiras, com um mês de intervalo. Este grupo mostrou 62% de eficácia. O outro grupo recebeu meia dose da vacina um mês antes da dose inteira, sendo que este revelou uma eficácia de 90%.

Nenhum dos pacientes sofreu efeitos secundários adversos significativos ou necessitou de hospitalização, reporta ainda a farmacêutica. Os ensaios envolveram indivíduos de todas as faixas etárias, incluindo idosos.

“Este anúncio de hoje [segunda-feira] é mais um passo para o uso das vacinas para acabar com a devastação que causou a Covid-19”, diz Sarah Gilbert, professora de vacinologia, citada pelo The Guardian.

Os resultados comparam com os ensaios clínicos da Pfizer e da Moderna, cujas taxas de eficácia rondaram os 95%. No entanto, o fármaco agora desenvolvido pela colaboração entre os laboratórios da AstraZeneca e a Universidade de Oxford tem a vantagem de poder ser transportada e armazenada nas condições habituais de refrigeração para este tipo de bens, ao contrário da vacina da Pfizer.

Os resultados dos ensaios clínicos agora conhecidos envolveram mais de 23 mil voluntários e foram realizados no Brasil e no Reino Unido.

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