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Venda da Brisa acentua domínio estrangeiro

Com a passagem do Grupo José de Mello a uma posição minoritária, todas as concessionárias passarão a ser controladas por grupos internacionais.
2 Novembro 2019, 10h00

O anúncio, divulgado no final da semana passada, de que os dois principais acionistas da Brisa, o Grupo José de Mello e o fundo de investimento Arcus, cada um, estavam interessados em alienar um bloco de acções da concessionária representativo de 40% dos respetivos direitos de voto, gerou duas certezas incontornáveis: a nível internacional, despertou o interesse de grandes ‘tubarões’ do setor, desde os potenciais investidores da área financeira aos grupos congéneres especializados na gestão de infraestruturas rodoviárias com portagem; no plano interno, a concretização desta alienação de 80% dos direitos de voto da Brisa, mesmo que a família José de Mello pretenda manter 20% na futura estrutura acionista, acentua de forma definitiva o domínio estrangeiro nas concessões de autoestradas em Portugal.

No caso do Grupo José de Mello, que indicou a Caixa BI e a Rothschild para montar esta operação, a intenção é reduzir dívida e captar fundos para investir em outras áreas de atividade. No caso, da Arcus, que indicou a Morgan Stanley e o Millenium BCP Investment Banking, a decisão é normal, tendo em conta que se trata de um fundo de investimento que estará já satisfeito com as mais-valias.

O Jornal Económico apurou junto de diversas fontes do setor que, neste momento, não existe qualquer grupo português com disponibilidade financeira ou apetência para entrar com uma posição de controlo na Brisa, num negócio que tem sido avaliado entre dois e três mil milhões de euros para a totalidade dos blocos acionistas à venda. A melhor das hipóteses para um potencial interessado português seria a integração num consórcio comprador.

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