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Venda de carteiras de NPL acelera na Península Ibérica e aproxima-se dos 94 mil milhões

Esta é uma das principais conclusões reveladas pela Prime Yield no seu estudo «Investing in NPL in Iberia 2018: a two-way opportunity market”, que avalia o potencial do mercado ibérico de NPL.
28 Novembro 2018, 16h28

Um estudo da Prime Yield revela que a venda de portfólios de NPL acelerou em Portugal e Espanha e aproxima-se dos 94 mil milhões em 2018.

Sendo Portugal e Espanha dois dos países europeus ainda fortemente penalizados pela questão da resolução de Non-Performing Loans (NPL) [crédito não produtivo da Banca, vulgarmente designado em Portugal de crédito malparado],”exibindo respetivamente um dos maiores rácios (11,7%) e um dos maiores stocks (74,8 mil milhões de euros) são atualmente dois dos principais destinos para os investidores em 2018″. Um dinamismo que foi confirmado pela Prime Yield no seu último estudo, intitulado “Investing in NPL in Iberia: a two-way opportunity market”, no qual prevê que só na Ibéria sejam transacionados portfólios no valor de quase 94 mil milhões este ano.

“Oferecendo um retrato atual e inédito do mercado ibérico de NPL, e enquadrando-o no contexto europeu, o estudo agora apresentado apresenta as perspetivas da Prime Yield relativamente ao potencial de negócios de venda de NPL em Portugal e Espanha em 2018, identificando também alguns dos principais desafios que se colocam ao mercado em ambos os países”, lê-se no comunicado.

O documento analisa ainda os últimos desenvolvimentos económicos e imobiliários em cada um destes mercados.

O estudo foi hoje divulgado durante o evento a NPL Iberia Conference, que se realiza em Madrid até amanhã e no qual a Prime Yield participa com intervenientes nas sessões de debate dedicadas a Portugal e à América Latina.

“O mercado de NPL na Ibéria apresenta dois tipos de oportunidade muito interessantes para os investidores, com diferentes fases de desenvolvimento, retornos e competitividade de bidding“, diz  Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.

“Enquanto Espanha é um mercado mais maduro, onde a transação de portfólios deste tipo de ativos deverá continuar a disparar, Portugal tem vindo a emergir no mapa Europeu de forma mais lenta, mas está agora preparado para descolar em força. E com o crescente interesse dos investidores globais quer por este tipo de ativos quer pelas geografias do Sul da Europa, 2018 poderá trazer quase 94 mil milhões de vendas de NPL à Ibéria. E no próximo ano devemos assistir ao acelerar quer no ritmo das vendas quer do volume dos portfólios transacionados”, comenta o gestor.

“Além disso, e atendendo ao facto de Espanha ser um mercado mais maduro que Portugal neste campo, fazendo com que por um lado as rentabilidades devolvidas aos investidores sejam hoje mais moderadas e que, por outro lado, a concorrência pelos melhores ativos também seja mais forte; é expectável que um número crescente de players especializados comece a desviar as suas atenções para o nosso país, impulsionando fortemente a venda deste tipo de carteiras até ao final do próximo ano”, acrescenta Nelson Rêgo.

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