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Vendas da Jerónimo Martins cresceram 11,3% em 2017

Polónia continua a ser o motor de crescimento do grupo e já vale mais de dois terços da faturação global do grupo português.
  • Cristina Bernardo
18 Janeiro 2018, 08h10

As vendas do grupo Jerónimo Martins aumentaram 11,3% no ano passado, face a 2016, para 16.275 milhões de euros, puxadas pelo desempenho na Polónia, que é, cada vez mais, o principal centro das operações da empresa portuguesa, valendo mais de dois terços da receita do grupo da família Soares dos Santos.

As vendas totais da cadeia de retalho alimentar Biedronka aumentaram 13,2%, em euros (o aumento foi de 10,4% na moeda local, devido às diferenças cambiais), para 11.075 milhões de euros. O peso da empresa da Joaninha no conjunto das receitas do grupo cresceu 1,2 pontos percentuais, para 66,8%.

No comunicado de anúncio dos dados preliminares sobre as vendas, a empresa explica esta evolução dizendo que “o ambiente de consumo foi favorável ao longo do ano com impacto positivo no sector alimentar”.

Também na Polónia, as vendas da cadeia de retalho de beleza e cuidados pessoais Hebe subiram 35,6%, para 166 milhões de euros. Assim, em conjunto, Hebe e Biedronka representam 69% das vendas da Jerónimo Martins.

Em Portugal, as vendas da rede de distribuição Pingo Doce cresceram 3,1%, para 3.667 milhões de euros. Esta operação continua a ser a segunda maior do grupo, mas regista a mais baixa taxa de crescimento. As vendas da cadeia grossista Recheio cresceram 7,2%, quase duplicando o ritmo de expansão do Pingo Doce, chegando aos 942 milhões de euros. Em conjunto, o peso da operação em Portugal caiu 2 pontos percentuais, para representar 28,3% das vendas do grupo.

“Em Portugal, levámos em consideração os desafios inerentes a um mercado alimentar maduro e orientado a promoções, onde, contra-intuitivamente, a capacidade instalada se continua a expandir. O Pingo Doce reforçou a qualidade da sua oferta e o posicionamento de preço, e manteve o desempenho LFL [like-for-like] em território positivo, ao mesmo tempo que o Recheio apresentou um crescimento notável, capturando plenamente as oportunidades no seu sector”, refere a Jerónimo Martins. O crescimento de vendas do Pingo Doce nas mesmas lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos em análise (like-for-like) foi de 3%.

A cadeia de lojas Ara, na Colômbia, a operação de grande envergadura mais recente do grupo, registou um crescimento das vendas de 72%, para 405 milhões de euros. “Ao longo de 2017, a Ara investiu na sua capacidade de expansão e abriu 169 novas localizações, das quais 77 no quarto trimestre, com um ritmo mais intenso do que planeado no final de dezembro. A insígnia terminou o ano com um total de 389 lojas”, explica o grupo.

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