O grupo retalhista DIA registou vendas líquidas de 6.870 milhões em 2019, o que representou uma quebra de 9,3% face ao ano precedente.
De acordo com um comunicado da cadeia de distribuição presente em Portugal, no ano passado, a companhia obteve um EBITDA ajustado positivo de 34,1 milhões de euros, sem extraordinários.
Recorde-se que o Grupo DIA se encontra em processo de reestruturação financeira.
“A nova equipa diretiva já implementou um significativo e determinante novo modelo para mudar o negócio em todos os mercados”, assegura o referido comunicado, acrescentando que nos quatro países em que o Grupo DIA está presente – Portugal, Espanha, Brasil e Argentina – “foram incorporados às equipas de gestão 87 profissionais com grande experiência e conhecimento do mercado local”.
“Reconhecer a situação da companhia é o primeiro passo para mudá-la. Começámos 2020 já com os frutos do trabalho realizado e o impacto foi determinante e significativo. No futuro, estamos decididos a construir a nossa própria história de sucesso, que se baseará numa oferta de proximidade moderna, uma proposta de valor atrativa, frescura, excelência operativa, um modelo de franquia benéfico para ambas as partes e uma oferta de marca própria excecional”, assinala Karl-Heinz Holland, CEO do Grupo DIA.
No entender deste responsável, “o caminho da DIA está hoje impulsionado por grandes profissionais conhecedores do mercado local, que darão à companhia um enfoque único”.
“Estamos totalmente comprometidos na transformação dos nossos pilares para criar a melhor experiência para o cliente. Os nossos esforços abarcaram não só a melhoria e otimização em todas as áreas críticas, mas também outros pontos importantes, como alargar as melhores práticas a todo o grupo e implementar controlos financeiros integrais. O processo de transformação da DIA fortalece-se todos os dias”, garante Karl-Heinz Holland.
Inversão de tendência em Portugal
Por seu turno, Miguel Guinea, CEO da DIA Portugal, que gere a cadeia de supermercados Minipreço, defende que “o ano de 2019 foi um ano de grandes e inúmeros desafios para Portugal”.
“Durante o primeiro semestre, a situação global da companhia afetou-nos significativamente e ainda que tenhamos corrigido essa tendência, as nossas vendas caíram 4,6% como estão refletidos nos nossos resultados. A partir do segundo semestre definimos bases muito importantes para o futuro de Portugal”, assegura este responsável.
Miguel Guinea destaca que “o projeto de frescos e revisão do sortido, a preparação da transformação do modelo operativo de loja e uma nova logística de frescos, permitiu-nos começar a ver uma mudança de tendência que temos de consolidar como objetivo para 2020”.
O compromisso de todos, franqueados, colaboradores e fornecedores foi e será a chave para assegurar e avançar com este processo de mudança e transformação da companhia”, conclui Miguel Guinea.
De acordo com o comunicado da DIA, “durante o ano de 2019, a companhia enfrentou um contexto empresarial, financeiro e corporativo altamente complicado e volátil que, apesar de ter melhorado significativamente a meados do ano, teve um impacto negativo e considerável sobre o negócio que afetou todas as operações”.
“As vendas comparáveis diminuíram 7,6%, impulsionadas por menos 0,7% no número de ‘tickets’ e uma redução de 7% na cesta média, o que demonstra um elevado índice de fidelidade dos clientes apesar do difícil contexto da companhia”, observa o referido comunicado.
O EBITDA ajustado, sem resultados excecionais, do Grupo DIA no ano passado, alcançou os 34,1 milhões de euros, comparados com os 376 milhões de euros do ano passado.
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