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Venezuela: 16 mortos nos protestos. Putin e Erdogan apoiam Maduro. Guterres pede “diálogo”.

A Venezuela vive o terceiro dia consecutivo de protestos anti-Maduro. Durante a madrugada, Caracas registou 15 manifestações com as forças de segurança a reprimirem os manifestantes.
24 Janeiro 2019, 09h03

A repressão dos protestos pelas forças de segurança venezuelanas já provocou 16 mortos e dezenas de feridos entre os manifestantes nas ruas do país. Os dados foram avançados esta quinta-feira pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), citados pelo El País. Em termos de detenções já foram presos mais de 200 manifestantes, avança o El Mundo.

O secretário-geral das Nações Unidos já reagiu ao clima de tensão no país, que se agravou depois de Juan Guaidó se ter declarado presidente interino da Venezuela. António Guterres apelou ao “diálogo” para evitar um “desastre” no país. “Esperamos que o diálogo seja possível para evitar uma escalada que nos levaria um tipo de conflito que poderia ser um desastre para o povo da Venezuela e para  a região”, disse António Guterres no Fórum Económico de Davos.

Já Nicólas Maduro ganhou dois apoiantes, a Rússia e a Turquia. “A Rússia estará com a Venezuela para proteger a sua soberania e o princípio de não-interferência nos seus assuntos internos”, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo de Vladimir Putin em comunicado.

Por seu turno, o presidente da Turquia. Recep Tayyip Erdogan telefonou a Maduro para declarar o “seu apoio ao seu irmão Maduro. Ele disse-lhe para se manter forte, estamos com ele”, disse o porta-voz oficial do presidente turco.

A CIDH diz que está a seguir de “perto os graves acontecimentos de violência na Venezuela no contexto das manifestação de hoje, que já geraram pelo menos 16 mortos, dezenas de feridos e detenções”, disse a organização que apelou a Nicolás Maduro para respeitar a vida, a liberdade e a integridade dos manifestantes.

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