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Vice-presidência acusa JPP de ‘fake news’ sobre ferry

A vice-presidência diz que não mentiu à Comissão Europeia sobre o subsídio de mobilidade, rejeitando ainda que o Governo Regional tenha omitido informação às instâncias europeias sobre o número de viagens do ferry, tal como tinha acusado o JPP.
  • Paulo Melich
23 Outubro 2018, 11h48

A vice-presidência do Governo Regional acusou o JPP de propagar ‘fake news’ relativamente à operação ferry entre o Continente e a Madeira. O organismo do Governo Regional com a tutela dos transportes rejeita que tenha pedido apoio à Comissão para a ligação marítima e que tenha mentido a esta entidade sobre o subsídio de mobilidade como tinha alegado o JPP na passada segunda-feira

A operação ferry, entre o Continente e a Madeira, voltou a abrir uma nova linha de confronto entre o executivo regional e o JPP.

Na passada segunda-feira o JPP acusava o Governo Regional de ter mentido à União Europeia ao dizer que era o executivo regional a pagar o subsídio de mobilidade. O partido dizia ainda que outra das falsidades do executivo estava relacionada com a garantia de uma operação semanal durante o ano inteiro que acabou por não se realizar.

O JPP alegava ainda que o executivo regional só tinha submetido para efeitos de apoio a operação de passageiros, deixando de fora a operação de carga.

A estas acusações do JPP a vice-presidência, dirigida por Pedro Calado, diz que se trata de “um conjunto de desconchavadas falácias” sobre o ferry.

A vice-presidência diz que não mentiu à Comissão Europeia sobre o subsídio de mobilidade. O uso da expressão Governo Regional, diz o executivo foi “um mero lapso de escrita” com autoria dos consultores que submeteram o formulário às instâncias europeias.

“Estão expressamente identificados os diplomas legais que regulam a atribuição do Subsídio de Mobilidade ao transporte aéreo e que são da autoria do Governo da República”, clarifica a vice-presidência.

Sobre este assunto a vice-presidência diz que o JPP faz uso de “um jogo de palavras” que “mais não visa ludibriar” os Madeirenses.

A vice-presidência diz ainda “não é verdade” que o Governo Regional tenha pedido à Comissão Europeia quaisquer compensações relativamente ao ferry.

“A Comissão Europeia não atribui apoios para este tipo de operação ferry. De resto, nunca algum membro do Governo Regional proferiu tal afirmação que, mais uma vez, não passa de mais uma fantasia do JPP”, afirma.

O que se passou, explica o executivo, foi uma submissão à Comissão Europeia e à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes de “um pedido de parecer prévio relativo ao procedimento concursal do ferry” que visou dar cumprimento aquilo que está previsto na legislação europeia e nacional.

A vice-presidência acrescenta também que “não omitiu” qualquer informação à Comissão Europeia sobre o número de viagens do ferry.

O organismo governamental dirigido por Pedro Calado diz que o JPP omite que esse formulário enviado à Comissão Europeia é relativa ao primeiro concurso do ferry que acabou por não ter interessados. A vice-presidência diz ainda que não foi intimada judicialmente a entregar documentos ao JPP sobre o ferry mas que cedeu de forma voluntária essa documentação com respeito pela transparência.

 

 

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