Numa altura em que o governo negoceia com os parceiros sociais a subida do salário mínimo para 2020 Vítor Bento, chairman da SIBS, disse esta terça-feira que num cenário de quase pleno emprego um aumento poderá não ser nefasto para a economia.
“Num contexto de quase pleno emprego o aumento do salário mínimo não é necessariamente uma má medida”, disse na conferência “O Orçamento do Estado 2020: enquadramento político e económico”, organizada pelo Forum para a Competitividade, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas à margem da conferência, Vítor Bento escusou-se a aprofundar comentários sobre os valores em negociação entre o governo e os parceiros sociais, mas frisou que “vale a pena pensar que em períodos que o desemprego esteja muito baixo, o salário mínimo pode ser um instrumento de estímulo da reestruturação de empresas, tendo em atenção que isso pode provocar aumento de desemprego”, que pode ter consequências positivas a prazo com o aparecimento de outras empresas com capacidade de absorver esse emprego.
Na intervenção durante a conferência, Vítor Bento defendeu ainda que o regime progressivo no IRC é revestido de “contradições” implícitas. “O IRC em Portugal é progressiva. Isto não taxa a rentabilidade. O que este sistema de IRC faz é taxar o capital, ora está a deeseincentivar a acumulação e capital, favorecendo um regime de baixos salários”, disse.
“Temos andado enganados quando discutimos a produtividade. Não aumenta de forma significativa porquê? Por causa da estrutura empresarial, que é a principal adversa ao aumento da produtividade”, acrescentou, considerando que a estrutura das micro empresas Tver este peso no emprego não é possível aumentar a produtividade das grandes empresas.
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