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Vítor Constâncio pede aos reguladores bancários que lutem “mais a sério” contra bolhas financeiras

Vice-presidente do Banco Central Europeu insiste na limitação da oferta de crédito e no uso de “ferramentas macroprudenciais”, para se conseguir reduzir os riscos entre bancos e outros credores.
17 Outubro 2017, 13h50

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, afirmou esta terça-feira que os reguladores da Europa e de outras partes do mundo devem lutar “mais a sério” contra as bolhas financeiras ou ficarão sujeitos a uma nova crise financeira de graves proporções. Nesse sentido, Vítor Constâncio sugere a limitação da oferta de crédito e o uso de “ferramentas macroprudenciais”, de forma a reduzir os riscos entre bancos e outros credores.

“A política monetária, mesmo quando ajustada, vai continuar a manter uma posição muito acomodatícia”, disse Vítor Constâncio, numa conferência sobre “Estabilidade Financeira”, organizada pelo Banco de Portugal, em Lisboa. “Isto significa que, na configuração atual dos riscos, a Europa e todas as outras economias desenvolvidas têm de levar a política macroprudencial muito mais a sério ou vão enfrentar o risco de novas crises financeiras que a política monetária não pode impedir”.

Vítor Constâncio pede ainda aos reguladores para que apertem o cerco sobretudo às sociedades de concessão de crédito, os chamados “não-bancos”, tendo em conta que as instituições financeiras não-bancárias têm registado um peso crescente no empréstimo de dinheiro na Europa e no mundo. O BCE chama a atenção para os riscos relacionados com a alavancagem e a maturidade desse tipo de créditos.

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