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Victor Freitas acusa Quadrantes de tratar doentes sem licença definitiva

A licença provisória saiu em 2009, em dezembro de 2010 há uma declaração do Instituto da Administração da Saúde e Assuntos Sociais que declara que a Quadrantes é, àquela data, a única entidade na RAM detentora de licença de funcionaamento para executar os serviços de medicina nuclear. Só a 19 de março de 2015 é que sai a licença definitiva.
  • Foto ALRAM
21 Março 2019, 14h47

O deputado do Partido Socialista, Vítor Freitas, acusa a Quadrantes de  estar a tratar doentes antes de ter uma licença definitiva, que só saiu a 19 de março de 2015.

Diferentes formas de interpretar, ou mudança na postura do técnico que deu a licença provisória é a resposta do Diretor Clínico da Unidade de Radioterapia da Quadrantes na Madeira. No entanto, Victor Freitas pede esclarecimentos à empresa de saúde privada por estar a tratar de doentes com uma licença (provisória) que só servia para testes.

Ora, o Diretor Clínico reclama que à data esta licença não continha a informação de que era só para testes, e que isto adveio de uma mudança de postura do técnico da Direção Geral de Saúde, Pedro Rosário, que só mais tarde veio dizer que a licença que a Quadrantes tinha não servia para tratar doentes.

Guy Vieira diz ainda que o mesmo técnico visitou as instalações em 2014, ou seja, antes de a Quadrantes ter a licença definitiva, e que nada fez, “sabendo que estávamos a tratar doentes”. Diz ainda que “é estranho” que só depois se venha dizer que a licença afinal era provisória.

No entanto, Victor Freitas reconhece que a 17 de dezembro de 2010, uma declaração do Presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, Maurício Melim, “praticamente” dava uma licença à Quadrantes. A declaração dizia que a empresa de saúde privada era, à presente data, a única entidade na Região Autónoma da Madeira, com registo naquele Instituto, detentora de licença de funcionamento para executar os serviços de medicina nuclear.

Mas as perguntas do deputado socialista continuam. Agora quer saber porque é que o número de prescrições médicas de radioterapia triplicou na Região depois do Concurso Público Internacional.

O deputado do PS, diz que os rácios lançados pelo Concurso Público dizem que entre 2002 e 2005 eram prescritos para fazer radioterapia no Continente 131 doentes por ano. Ora, Guy Vieira, diz que desde 2009 o número andou entre 340 e os 510.

A pergunta de Victor Freitas parece não ter resposta: mas será que “deixavam os madeirenses a morrer e não lhes davam os tratamentos?”, diz o socialista.

Para o Diretor Clínico da Quadrantes a resposta parece ser a projeção da OMS (Organização Mundial de Saúde), que prevê que em 2030, 7 em cada 10 pessoas vai ter cancro: “é aterrador”, completa o médico.

 

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