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Volatilidade não impediu Tesouro de atrair maior procura de sempre em emissão sindicada

Portugal colocou assim cinco mil milhões de euros a uma taxa de juros de 0,7%. Mais de metade dos investidores são britânicos (29,1%), seguidos por França, Itália e Espanha, que em conjunto concentram 28,8% da distribuição.
  • Cristina Bernardo
1 Abril 2020, 19h42

A procura na emissão sindicada de dívida a sete anos desta quarta-feira bateu um recorde no livro de ordens, apesar da alta volatilidade nos mercados. Portugal colocou assim cinco mil milhões de euros com uma taxa de juro de 0,726%, numa venda cuja procura superou os 30 mil milhões de euros.

“Apesar dos altos níveis de volatilidade do mercado, a transação atraiu uma carteira de ordens recorde para a República de Portugal com pedidos superiores a 30 mil milhões de euros, o maior livro de ordens de sempre para um sindicato OT [Obrigações do Tesouro] , o que permitiu que o preço do novo título fosse apertado para um spread de mid swaps + 86bp a partir de IPTs da mid swap da zona euro + 90bp”, informou o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, em comunicado divulgado esta quarta-feira ao final da tarde.

A instituição liderada por Cristina Casalinho explica que a operação deriva das “necessidades de financiamento devido à resposta da República à Covid-19” e na aceleração do programa de financiamento do IGCP, anunciado com a publicação das linhas para o segundo trimestre.

Mais de metade dos investidores da linha com maturidade em outubro de 2027 são britânicos (29,1%), seguidos por França, Itália e Espanha, que em conjunto concentram 28,8% da distribuição. Os investidores portugueses representaram 11,4% na emissão de hoje, seguidos pela Alemanha, Austria e Suíça, que em conjunto, representavam 9,2%.

Por setor, as gestoras de ativos representaram 38,9% dos investidores, seguidos pelos bancos/bancos privados (38,6%). Já os fundos de pensões representaram 8,5%, seguidos pelos hedge funds (6,8%) e por bancos centrais/instituições oficiais (6%).

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