As principais praças norte-americanas abriram esta quinta-feira com um sentimento negativo, com os investidores ainda a digerirem os eventos dos últimos dias, mas a voltarem a focar-se na política monetária. A volatilidade, medida através do índice VIX, recua dos máximos de dois anos e meio, enquanto o dólar desvaloriza face ao euro.
O índice industrial Dow Jones perde 0,83% para 24.687,64 pontos, o financeiro S&P 500 desliza 0,02% para 2.674,94 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,45% para 7.020,05 pontos.
Depois do sell-off de segunda-feira (com a maior queda intraday de sempre do Dow Jones), os principais índices norte-americanos começaram a recuperar terça-feira. No entanto, esta quarta-feira os três índices voltaram a fechar no vermelho. No meio do sobe e desce, o índice de volatilidade VIX chegou a atingir máximos de agosto de 2015 (31 pontos), mas já negoceia nos 26,7 pontos esta quinta-feira.
“Apesar de a volatilidade dos mercados ter estado a acalmar nos últimos dias, continua em níveis muito elevados, provavelmente um sinal do nervosismo atual entre os investidores, que pode deixar os mercados vulneráveis a mais quedas”, explicou o analistas sénior de mercados da Oanda, Craig Erlam, à Reuters.
A atenção dos investidores também se virou para a Reserva Federal norte-americana, com várias declarações de líderes. O presidente da Fed Dallas, Robert Kaplan, afirmou esta quinta-feira, que a volatilidade do mercado não era suficiente para alterar os planos da Fed de subir três vezes os federal funds rates este ano.
O presidente da Fed Minneapolis, Neel Kashkari, e o presidente da Fed de Kansas, Esther George, também vão discursar ainda esta quinta-feira.
Quarta-feira, William Dudley, presidente da Fed Nova Iorque, desvalorizou a queda de Wall Street na passada segunda-feira e disse esta que não alterou as previsões macroeconómicas. Este tipo de correções selvagens “não são uma grande preocupação” para os bancos centrais, disse.
No mercado cambial, o dólar segue a desvalorizar face às moedas europeia (0,06% para 0,714 euros) e britânica (1,12% para 0,712 libras), mas aprecia-se contra a par japonesa (0,13% para 109,470 ienes)
As yields das Treasuries a 10 anos sobem para 2,83%, a aproximarem-se do máximo de quatro anos tocado na segunda-feira (2,885%).
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