[weglot_switcher]

Volume de negócios da Autoeuropa voltou a atingir recorde em 2019

Em 2019, a maior fábrica automóvel nacional voltou a atingir, pelo segundo ano consecutivo, tanto um recorde de produção como de volume de negócios, gerando 1,7% do PIB nacional. A informação foi revelada numa altura em que a fábrica de Palmela voltou a produzir 890 automóveis por dia, a um ritmo pré-Covid.
  • JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
26 Agosto 2020, 08h10

O volume de negócios da Autoeuropa subiu 15% em 2019 para um total de 3.737 milhões de euros, num ano em que a fábrica da Volkswagen registou um novo recorde de automóveis produzidos, pelo segundo ano consecutivo.

Estes dados foram revelados na terça-feira, 25 de agosto, pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

O volume de negócios da companhia já tinha atingido um recorde no ano anterior, em 2018, quando registou 3,2 mil milhões de euros.

Os recordes seguidos atingidos tanto na produção como no volume de negócios devem-se ao efeito T-Roc em Palmela.

Entre o final de 2016 e o final de 2019, o volume de negócios da maior fábrica nacional automóvel disparou 146%, o que se deve-se ao início de produção do SUV T-Roc a partir do verão de 2017 na Autoeuropa.

A informação chega num momento em que a fábrica portuguesa da Volkswagen retomou por completo os seus 19 turnos semanais, 15 nos dias úteis e quatro ao fim de semana, tal como acontecia antes da pandemia da Covid-19, segundo fonte oficial da empresa.

Isto significa que a fábrica passou a produzir 890 automóveis por dia, entre Volkswagen T-Roc, a grande maioria, e Seat Sharan, avançou o coordenador da comissão de trabalhadores ao Jornal  Económico (JE). “As medidas que a empresa adotou criaram um clima de segurança”, apontou Fausto Dionísio.

Apesar do regresso à produção a ritmos pré-Covid, com quatro meses à frente até ao final do ano para recuperar a produção, a Autoeuropa não quis avançar com previsões sobre os números de 2020.

A fábrica do grupo alemão fechou o ano de 2019 com um novo recorde de produção. A maior fábrica automóvel em Portugal produziu um total de 256.878 unidades.

Este valor representa uma subida de 16,3% face a 2018, ano em que foi atingido outro recorde ao serem produzidos 223 mil unidades na fábrica portuguesa da Volkswagen (mais 106% face a 2017).

A Autoeuropa registou uma quebra na produção de 38,2% entre janeiro e julho deste ano num total de 98 mil unidades fabricadas, segundo os dados da ACAP.

Separando por marcas, a produção do Volkswagen T-Roc caiu 37,9% para 88.804 unidades, enquanto a produção da Seat Sharan recuou 41% para 9.288 unidades.

Depois de uma paragem de quase um mês e meio devido à pandemia da Covid-19, a Autoeuropa retomou a produção a 27 de abril, mas ainda a meio gás.

Entre as medidas de mitigação do coronavírus previstas pela maior fábrica automóvel portuguesa encontram-se a medição de temperatura dos trabalhadores – recorrendo a termómetros laser e a câmaras térmicas – e o uso obrigatório de máscaras na unidade, com estas medidas ainda a permanecerem em vigor.

Das mais de 97 mil unidades produzidas pela fábrica de Palmela que seguiram para exportação este ano, o mercado da Alemanha absorveu 28,8% das viaturas, num total de 28 mil unidades.

Segue-se a Itália (13,3% dos veículos produzidas em Palmela), o Reino Unido (11,1%), Espanha (7,1%) e França (6,8%).

Apesar do impacto negativo da Covid-19 na Autoeuropa, e na indústria automóvel a nível global, existe um sentimento positivo na fábrica portuguesa do grupo Volkswagen depois de passado o período mais grave da pandemia.

“Fazem-se mais Volkswagens na Alemanha do que em Portugal. Temos de criar condições para que se façam mais Volkswagens em Portugal do que Alemanha. É o desafio que temos”, disse a 13 de maio o diretor-geral da Autoeuropa, Miguel Sanches, em conversa com o primeiro-ministro e o Presidente da República durante uma visita à fábrica portuguesa da marca alemã.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.