Wall Street agradece estímulos à economia norte-americana e sobe mais de 5%

A bolsa de Nova Iorque recuperou esta terça-feira do seu pior dia desde 1987 e encerrou as negociações com fortes subidas. Wall Street agradeceu os estímulos à economia norte-americana anunciados pela Casa Branca, o que levou os três principais índices bolsistas a fechar com valorizações superiores a 5%.

A administração Trump informou que está a avaliar um pacote de estímulos fiscais de mais de 1 bilião de dólares que inclui pagamentos diretos aos cidadãos. “Os americanos precisam de dinheiro agora”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, que traçou as linhas gerais do programa governamental. Aliás, Steven Terner Mnuchin explicou que as empresas dos Estados Unidos vão poder adiar pagamentos de impostos de até 10 milhões de dólares e que o presidente Donald Trump autorizou o adiamento de 300 mil milhões de dólares em pagamentos de IRS.

É neste contexto político-económico que o Dow Jones terminou o dia com uma subida de 5,20%, para os 21.237,38 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 e o tecnológico Nasdaq avançaram 6%. Já o Russel 2000 valorizou 9,13%.

“Além da tendência para os mercados acionistas de recuperarem após uma forte queda como a protagonizada ontem, os índices americanos foram impulsionados pelos acenos a um plano de índole fiscal por parte do governo de Washington”, denotam os analistas do CaixaBank/BPI Research.

A Amazon subiu 7,28%, para 1.811,15 dólares, depois de o Bank of America ter referido que a empresa de e-commerce irá beneficiar do facto de a população estar em casa para evitar a disseminação do vírus. O mesmo aconteceu com a plataforma de televisão por streaming Netflix, cujas ações dispararam 7,72%, para 319,75 dólares.

“Nota para a valorização da Regeneron, perante nota de que poderá ter descoberto o medicamento para combate ao Coronavírus e que pretende avançar para a produção. Jd.com e Amazon são outras cotadas em alta expressiva”, referiu Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota divulgada hoje.

O preço do petróleo mantém-se a cair. A cotação do barril de Brent está a cair 4,83%, para 28,60 dólares, enquanto a cotação do crude WTI perde 6%, para 27,26 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, o euro deprecia 1,56% face ao dólar (1,1007) e a libra esterlina “desvaloriza” 0,72% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2079).

Notícia atualizada às 2029