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Wall Street animada com tréguas comerciais entre EUA e a China

Donald Trump não vai aumentar tarifas às importações chinesas durante 90 dias. O acordo foi alcançado durante a cimeira do G20 e os investidores reagiram positivamente, nomeadamente no setor automóvel. Nas matérias primas, o petróleo aumentou depois de alguns países exportadores de petróleo terem anunciado um corte na produção.
  • Brendan McDermid / Reuters
3 Dezembro 2018, 15h00

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque abriram a primeira sessão da semana a valorizar depois dos presidentes norte-americano e chinês, Donald Trump e Xi Jinping, terem acordado um período de 90 dias de tréguas comerciais durante a cimeira do G20, que se realizou em Buenos Aires, na capital da Argentina. As negociações entre as duas maiores potências económicas mundiais vão continuar durante o período de tréguas.

O S&P 500 valorizou 1,37% para 2.799,40 pontos, o industrial Dow Jones ganhou 1,60% para 25.948,15 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 1,82% para 7.464,67 pontos.

Donald Trump acordou não aumentar as tarifas aduaneiras de 10% para 25% às importações chinesas no valor de 200 mil milhões de dólares em produtos daquele país. Por seu turno, Xi Jinping comprometeu-se em comprar mais bens produzidos nos EUA, incluindo produtos agrícolas.

Donald Trup já reagiu no Twitter, mas a Casa Branca disse que iria aumentar as tarifas às importações chinesas se, durante os próximos 90 dias, os EUA e a China não alcançarem um acordo comercial.

Noutro ‘tweet’, o presidente norte-americano disse que a “China aceitou reduzir e remover as tarifas aos automóveis exportados dos EUA para a China. Atualmente, a tarifa [aduaneira] está nos 40%” (tradução livre).

Em face destas notícias, as ações das construtoras subiram. Os títulos da Ford valorizam 3,2% para 37,43 dólares; os da Fiat Chrysler subiram 2,6% para 25,72 dólares; os da Tesla ganharam 3,5% para 60,19 dólares; e os da General Motors, que na semana passada tinha anunciado fechar sete fábricas, ganharam 2,8% para 53,56 dólares.

O alívio nas tensões comerciais também beneficiaram a Caterpillar, do setor industrial, que valorizaram 4,7%.

Entre as empresas tecnológicas, destaque para as subidas do preço das ações da Amazon e da Apple, que valorizam 2,4% e 4,5%. A construtora de chips, a Qualcomm, também beneficiou das tréguas comerciais, ao ganhar 3,2%.

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Nas matérias primas, o petróleo também registou ganhos depois de alguns países exportadores de petróleo terem anunciado cortarem a produção diária de barris de petróleo para ajustar a oferta à procura. O Canadá, o quinto maior produtor de petróleo do mundo anunciou uma redução de 8,7% na produção do “ouro negro” a partir de janeiro de 2019.

O presidente russo, Vladmir Putin, anunciou, no fim-de-semana, à margem da cimeira do G20, um possível acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita para cortarem a produção de petróleo. A Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, é o líder de facto da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

O barril de Brent, referência mundial e para o mercado europeu, valorziou 3,94% para 621,77 dólares. O West Texas Intermediate, referência para o mercado norte-americano, subiu 4,18% para 52,99 dólares.

 

(atualizada às 15h32)

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